Comentário no post "Xanana volta à carga contra direcção da Fretilin":
Ao contrário do que diz o Presidente da República o problema de Timor-Leste não é o Comité Central da Fretilin.
Ontem morreu mais um timorense, pertencente à comissão de reconciliação comunitária e um cidadão Brasileiro.
O problema de Timor Leste é que a violência não pára. É que há muita gente que não respeita nem a vida das pessoas, nem a autoridade do Estado e das suas instituições. Já não respeitam sequer a autoridade do Presidente Xanana. Quantos apelos já fez ele à paz? E a paz veio?
Cada vez o que ele diz conta menos, e o facto de agora se ter tornado em Presidente Jornalista que assina crónicas periódicas nos jornais só serve para que o que diga conte cada vez menos.Banalisa o que diz e assim enfraquece o que diz. Um presidente a sério deve falar pouco mas a sua palavra deve ser efectiva.
Qualquer senhor doutor que o presidente Xanana desdenha lhe teria dito isso se ele os quisesse ouvir. Porque vem nos manuais de ciência política.
E o facto de a palavra do Presidente não contar é um problema, porque sem autoridade não há ordem, e sem ordem e disciplina não há paz e sem esta não é possivel o desenvolvimento económico.E o povo sofre!
O povo sofre!
E isto é o que a FRETILIN tem dito desde o inicio. É preciso respeitar a ordem instituída. É preciso respeitar a autoridade do Estado.
A mudança se vier tem de ter lugar com eleições livres e justas.
É uma indignidade que enquanto morrem cidadão timorenses e agora estrangeiros (cooperantes que sairam dos seus países para ajudar Timor Leste)nas ruas de Dili, o Presidente ocupe o seu tempo a escrever artigos e a inflamar os ânimos contra um partido político!
O presidente Xanana não percebeu o quanto o cargo de presidente da República num sistema constitucional semi-presidencial, como o timorense, é exigente. Politicamente exigente. O presidente tem de fazer política sem entrar no jogo político partidário. Em nome dos interesses do Estado, e das suas instituições, acima dos interesses político partidários.
O Presidente tinha legitimidade para, atenta a crise criada, procurar outra solução governativa com outro primeiro ministro, mas não podendo dissolver o parlamento e convocar eleições antecipadas (por inexistência de leis eleitorais e condições lotísticas para a sua realização) tinha de se ter entendido com o partido maioritário. Pelo menos perante a opinião pública. E não entrar, como entrou, em guerra (pelo menos) verbal com a sua direcção. É aí que o presidente perde. E com ele Timor Leste.
O presidente com tão extensos artigos nos jornais mostra nervosismo e fraqueza. Porque se escreve tanto quer dizer que não pode ou não sabe fazer mais nada. Só se descredibilisa. E com ele o Estado timores ( ou o que resta dele.
Se a coisa assim continua não tarda que surjam (se é que já não surgiram) os saudosos da ocupação Indonésia.
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Quando os artigos do presidente sao feitos por encomenda ...
ResponderEliminarJa agora a Ana Gomes nao lhe manda um SMS a pedir para ele se calar e nao assinar artigos escritos por outros/as?