quarta-feira, novembro 01, 2006

Annan vai nomear diplomata indiano como seu representante

Washington, 01 Nov (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, vai nomear um diplomata indiano como seu representante especial em Timor-Leste, revelaram à Agência Lusa fontes diplomáticas na sede da organização.

Trata-se de Atul Khare, um diplomata com mais de 20 anos de carreira, que já ocupou posições nas missões da ONU em Timor-Leste.

Khare foi chefe de pessoal da UNMISET em Timor-Leste e em Maio de 2004 foi nomeado vice-representante especial de Kofi Annan no país.

O diplomata indiano vai substituir Sukehiro Hasegawa cujo mandato terminou no mês passado. Desde então a posição tem sido ocupada interinamente pelo dinamarquês Finn Reske-Nielsen.

O mês passado foi noticiado que o antigo presidente de Cabo Verde Mascarenhas Monteiro tinha sido contactado e tinha aceite ser nomeado para o cargo. No entanto, o ex-presidene cabo-verdiano anunciou ter desistido do cargo, aparentemente porque vários países, incluindo a Austrália, manifestaram oposição à sua nomeação.

O diplomata indiano, que vai ser nomeado para o cargo, conhece bem outros países lusófonos pois foi chefe da chancelaria da Índia no Senegal com responsabilidade para a Guiné-Bissau e Cabo Verde entre 1988 e 1991.

Desconhece-se quando é que a nomeação será oficializada.

JP-Lusa/fim

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6 comentários:

  1. As UN pouco podem fazer perante a irredutibilidade australiana de controlar tudo e todos em Timor-Leste e agir a seu bel-prazer, mas esperemos que este novo representante de Kofi Anan não seja mais um elemento com a cauda a abanar para Howard.
    A Austrália só provará a sua boa fé, em relação a Timor-Leste, quando aceitar fazer parte de um comando integrado com os seus mil e poucos homens que, agora, dão a sensação e mostras de estarem a ocupar este jovem país.
    É tempo também de se começar a "olhar" para a postura da Indonésia em relação à situação. Estão a surgir indicios de que a fronteira está a ser usada para práticas prejudiciais á estabilidade de Timor-Leste.
    Monteiro teria sido a escolha ideal para o lugar que agora este distinto diplomata indiano vai ocupar.
    Monteiro não se vergaria sobre as "teimosias australianas", sobre as mordomias exigidas por um ocupante que foi convidado a entrar e está a impôr a sua presença fora do quadro desejado pela maioria das nações participantes na verdadeira ajuda a Timor-Leste.

    A relutância de Howard prova que quer conduzir o país vizinho para o seu completo domínio e fazer dele um território seu.
    Se isto não é má fé, o que é?
    Se isto não tem a ver com a sua insatisfação de não ter conseguido pôr em prática o golpe de estado que arquitectaram, com o que terá a ver?

    Esperemos que as UN consigam impôr a sua legitima autoridade e assim seja imparcial e compreeenda a vontade dos timorenses de não estarem a ser ocupados pela poderosa Austrália com intenções neo-colonialistas que só ficam mal a um país que julgamos democrático

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  2. Macksander C: não ponha o carro à frente dos bois. Repare que as leis eleitorais ainda nem aprovadas estão.

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  3. Anthony Soares: como é que um país que está a roubar biliões de dólares a Timor-Leste poderia alguma vez "ajudar" ao seu desenvolvimento?

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  4. Tamagoshi, o interesse da Austrália tem menos a ver com o petróleo, que está em larga medida já acordado, e mais a ver com com uma perspectiva geo estratégica. Denial, Access and Influence.

    É isto e pouco mais.

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  5. Até parece que a Austrália estaria muito desinteressada se a planta de gáz se instalasse em TL, por exemplo... Até parece que os Howard´s deste mundo não andamn a reboque dalgumas corporações... Até parece que não foi já imenso o que roubaram e o muitíssimo mais que querem roubar. Aliás há-de-me dar um exemplo de "apoio" ao desenvolvimento dos Australianos ou de qualquer outra das potências anglo-saxónicas.

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  6. Epa! esta margarida e' mesmo uma tamagoshi. Estou convencido. Quer isto dizer que se Timor nao possuisse petroleo os Autralianos pouco se importariam que a China estabelecesse bases militares em Timor?

    Claro que o petroleo e' sempre um factor importante mas nao e' tudo. Se for esse o caso nunca mais teremos que preocupar com a Australia o dia em que o petroleo secar.
    Esta tamagoshi tem mesmo uma visao demasiado simplista do mundo e nao percebe patavina de relacoes internacionais.

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