Diário Digital / Lusa - 11-10-2006 7:45:30
A Fretilin, partido maioritário em Timor-Leste, considerou hoje absolutamente inaceitável que a divulgação do relatório da Comissão de Inquérito Independente da ONU continue a ser sistematicamente adiada, exigindo a entrega imediata do documento ao Parlamento Nacional até quinta-feira.
A posição da Fretilin, expressa em conferência de imprensa pelo secretário-geral adjunto, José Reis, reflecte o debate suscitado segunda-feira e terça-feira em Díli, no decorrer da reunião da sua Comissão Política Nacional.
A divulgação do relatório daquela Comissão, onde serão identificados os culpados pela violência registada em Abril e Maio no país, esteve inicialmente marcada para 7 de Outubro, mas atrasos na tradução do documento para tétum, português e bahasa indonésio não permitem antecipar a data efectiva de entrega.
Na conferência de imprensa, José Reis justificou a exigência da entrega do original em língua inglesa ao Parlamento Nacional para evitar suspeitas por parte da população de manipulação do documento.
Presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, a Comissão integra ainda a sul-africana Zelda Holtzman e o britânico Ralph Zacklin, e segundo o seu mandato, o relatório deveria ser entregue ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em Nova Iorque, ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, em Genebra, e ao Parlamento Nacional timorense, em Díli.
O texto vai identificar os responsáveis pela violência registada em Abril e Maio, no âmbito do mandato para estabelecer os factos e circunstâncias relevantes da crise político-militar timorense.
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