segunda-feira, outubro 30, 2006

Díli exige coordenação

Jornal da Madeira - 28 de Outubro de 2006

Resolução reclama comando unificado para fazer face à violência

"Sem um comando unificado das forças internacionais e da ONU estacionadas em Timor-Leste, "a protecção de pessoas e bens, em vez de melhorar, tem vindo a agravar-se de dia para dia, com o escalar da violência e o aumento de crimes contra a vida e contra o património". O alerta é feito numa resolução aprovada pelo Parlamento timorense, que reclama um comando único para as referidas forças de segurança.

Os confrontos entre grupos rivais em Díli passaram a incluir pela primeira vez armas de fogo e os polícias da ONU já foram alvejados, porém, sem que até agora se tivessem registado baixas.

As forças internacionais e da ONU em Timor-Leste devem ter um comando unificado, exigiu o Parlamento Nacional numa resolução.

O documento fundamenta a exigência com a necessidade de se pôr termo à actual escalada de violência e ainda para garantir a "restauração da confiança nas forças internacionais estacionadas".

A resolução foi aprovada numa sessão plenária extraordinária, quinta-feira, mas só foi divulgada ontem por ter sido considerado necessário dar conhecimento prévio à Presidência da República e ao Governo, órgãos a quem são dirigidas as recomendações contidas no documento.

Por outro lado, o Parlamento exige ser consultado, "com carácter vinculativo", sobre a negociação e celebração de futuros acordos relativos à segurança interna.

Recordando que a segurança interna, particularmente de Díli, está entregue às forças internacionais, em cooperação com a Polícia Nacional de Timor-Leste, e que a presença dos efectivos internacionais decorre dos acordos bilaterais celebrados pelas autoridades com a Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, o Parlamento lamenta que a ausência de um comando unificado não garanta a devida coordenação das intervenções no terreno.

"Sem essa direcção única, a protecção de pessoas e bens, em vez de melhorar, tem vindo a agravar-se", alerta o texto da resolução.
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