quarta-feira, setembro 27, 2006

Peticionários reuniram-se hoje com PM Ramos-Horta

Díli, 26 Set (Lusa) - Cerca de 100 dos 591 militares timorenses, que assinaram em Fevereiro passado uma petição na qual denunciavam alegadas discriminações no seio das forças armadas, reuniram-se hoje com o primeiro-ministro José Ramos-Horta, refere um comunicado enviado à Lusa.

O encontro realizou-se nas montanhas do distrito de Ermera, a sul de Díli, e de acordo com o comunicado, distribuído pelo gabinete do primeiro-ministro, Ramos-Horta louvou a postura apolítica que os seus interlocutores têm evidenciado ao longo da crise timorense, desencadeada na sequência de uma manifestação dos peticionários em Díli, em Abril.

"Estou muito satisfeito com as declarações do líder dos peticionários de que ele e os seus homens não estão, nem pretendem, envolver-se na política", disse Ramos-Horta, citado pelo comunicado.

O primeiro-ministro, que se reuniu com os peticionários no âmbito de uma deslocação de trabalho ao distrito de Ermera, aproveitou para avaliar as necessidades daqueles.

No encontro, os peticionários solicitaram que lhes fosse enviada ajuda alimentar e vestuário.

"O Ministério das Finanças está a avaliar de que modo pode garantir assistência financeira", salientou.

A manifestação promovida pelos peticionários, liderados pelo tenente Gastão Salsinha, espoletou a crise político-militar em Timor- Leste, que resultou em cerca de 30 mortos e mais de 160 mil deslocados, distribuídos por campos de acolhimento, a maior parte dos quais na capital.

Na sequência da crise, o então primeiro-ministro Mari Alkatiri apresentou a demissão ao Presidente Xanana Gusmão, que, em consonância com a FRETILIN - o partido maioritário e de que Alkatiri é secretário- geral -, nomeou José Ramos-Horta para formar m novo governo.

A manifestação convocada pelos peticionários desencadeou em primeiro lugar uma crise militar, com a hierarquia das forças armadas a considerar demitidos os peticionários, em virtude de terem abandonado as respectivas unidades.

A crise política sobreveio de imediato e a desintegração da Polícia Nacional e as divisões entre os militares levaram as autoridades timorenses a apelarem à Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal o envio de militares e polícias para garantir a ordem pública.

EL-Lusa/Fim

8 comentários:

  1. "...as declarações do líder dos peticionários de que ele e os seus homens não estão, nem pretendem, envolver-se na política".

    Não estão?

    Até já desapareceu a lama de todo o país. Têm-na ao pescoço.

    "No encontro, os peticionários solicitaram que lhes fosse enviada ajuda alimentar e vestuário".

    E os exilados dos seus lares, o que é que receberão eles?
    Chapéus de chuva quando começar chover?

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  2. "O Ministério das Finanças está a avaliar de que modo pode garantir assistência financeira"

    Que vergonha!!
    Sem comentários!!!

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  3. Sim é de facto uma vergonha!
    Estes problemas não poderiam ser evitados pelo ex-I Governo Constitucional? Não foi esse que não conseguiu debelar a questão?

    Este blog tem cara de bons rapazes mas o que se passa em Timor-Leste é sobretudo derivado da belíssima posição que foi adoptada ao longo destes últimos anos...

    Dêem mas é de comer ou como o arranjar ao povo ou pode muito bem continuar a dizer que "democracia", "soberania", "independência"... pergunte-se - na míséria para a maioria do Povo??

    Ganhem mas é juízo...

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  4. Ja nao convencem ninguem. Arrumem as botas e ponham-se na alheta. Vao la pregar para a Russia ou Cuba e se calhar ai tabem levam com a moca.

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  5. Cá está mais um pacifista da mocada. Irra que a falta de inteligência devia ter limites!

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  6. A Margarida esta sempre atenta ao que lhe interesa. O comentarista anterior fala em Botas e Mocas. Se ela fosse sapateira, pegava nas Botas mas traiu-se ao agarrar-se as Mocas. Olhe que ha Mocas e mokas... scolha com cuidado para nao se engasgar.

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  7. Não me parece que ela seja das que se engasgam.

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  8. Não me parece que ela seja das que se engasgam.

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