terça-feira, setembro 26, 2006

Notícias - Traduzidas pela Margarida

Hasegawa apela para a participação Japonesa em Timor-Leste

BNA
data: 24 09, 2006

Tokyo, Set. 24, (BNA) O Enviado Especial da ONU em Timor-Leste de partida, Sukehiro Hasegawa, expressou a sua esperança na participação do Japão em tarefas de manutenção da paz no país.

Numa declaração à Japanese Radio and Television Corporation, Hasegawa disse que a situação política corrente em Timor-Leste lembra o silêncio antes da tempestade e que é possível uma fractura da tensão política antes das próximas eleições.

também sublinhou que a estabilidade e segurança no país tornaram possível o regresso de mais de 150,000 refugiados. HSQ 24-SEP-2006 11:19



Empurrão do LNG alimenta as esperanças de Darwin
Setembro 23, 2006 12:00am
The Australian
Por Rick Wilkinson

Há em Darwin um sentimento crescente de excitação quando a indústria do petróleo se move numa nova vaga de exploração e louvores às prospecções de gás no Mar de Timor.

A cidade mais ao norte da Austrália pode em breve rivalizar com o noroeste da Austrália do Oeste como um centro importante de fornecimento de gás para exportação e consumo doméstico.

O empurrão principal foi dado por subidas em espiral da procura global d gás natural liquefeito (LNG). Mas, mais recentemente, elevou-se a possibilidade de uma janela de oportunidade no mercado doméstico da Austrália – particularmente nos Estados do sudeste – quando as dúvidas continuar a cercar o projecto do pipeline do gás PNG-Queensland.

A ConocoPhillips Austrália é o maior jogador de LNG no Mar de Timor, e está desejosa de alargar as suas actuais instalações de liquidificação de 3.5 milhões de toneladas por ano em Wickham Point acrescentando uma segunda e talvez uma terceira série.

Outros jogadores com propriedades significativas na região incluem Santos, as companhias Japonesas Inpex e Osaka Gas, Woodside, Shell, ENI da Itália e a Australiana Methanol Australia.

Mas surpreendentemente as companhias que têm mais áreas no Mar de Timor são um grupo de sete "cavalos escuros " que pertencem ao estábulo do empreendedor Geoff Albers , com base em Melbourne. Entre elas, essas companhias - Auralandia, Natural Gas Corp, Australian Oil & Gas Corp, National Oil & Gas, Australian Natural Gas e Nations Natural Gas – têm 100 por cento de oito concessões.

Cinco destas jazem no leste do Mar de Timor e ocupam posições estratégicas nas Áreas e à sua volta de descobertas existentes de gás de propriedade de todos os maiores operadores a norte e a nordeste de Darwin. O Albers Group tem a intenção de fazer pesquisas preliminares nas áreas. O objectivo comum de cada jogador no leste do Mar de Timor é verificar que há reservas de gás suficientes e acessíveis para apoiar projectos de desenvolvimento que se possam pôr a andar numa moldura temporal de 2012 a 2015.

Os corredores da frente ConocoPhillips e Santos instalaram a sua exploração conjunta /programa de avaliação da expansão em debate em. Correntemente a fábrica de LNG está a ser alimentada pelo campo de gás de Bayu-Undan na área de desenvolvimento conjunta de petróleo entre a Austrália e Timor-Leste.

Contudo, as reservas nesse campo não são suficientes para alimentar uma segunda série e as duas companhias embarcaram num inicial programa de dois poços de perfuração através de duas concessões 400 km nordeste de Darwin. O primeiro, agora a perfurar em NT/P69, é um poço chamado Barossa-1.

Apesar do nome é uma avaliação duma descoberta de gás chamado Lynedock originalmente feito pela Shell em 1973, mas eventualmente abandonado por aquela companhia em 1998 na crença de que o reservatório era demasiado "ligeiro" para sustentar uma produção comercial. Os novos arrendatários ConocoPhillips e Santos (com 60 por cento e 40 por cento, respectivamente) têm esperança de encontrar mais reservatórios penetráveis na estrutura.

Barossa-1 será seguido por uma avaliação da sociedade da descoberta de gás 2005 Caldita na concessão aderente NT/P61. Nenhuma reserva foi anunciada publicamente para qualquer dos campos mas da Caldita-1 num dia de teste escorreram 33 milhões de pés cúbicos, o que sugere uma significativa coluna de hidrocarbonetes.

Santos (em sociedade com a Shell e a Osaka Gas) também perfurou um poço chamado Evans Shoal South-1 no NT/P48 durante meados deste ano que encontrou gás em objectivos primários e secundários. Contudo, problemas mecânicos impediram os testes e o grupo está ainda a avaliar as anotações debaixo do poço.

Uma descoberta de 1988 da BHP Petroleum em Evans Shoal a cerca de 17 km do norte da mesma concessão estima-se conter 6.6 triliões de pés cúbicos de gás. Infelizmente, o que se encontrou tem até 27 por cento de conteúdo de dióxido de carbono e, a uma maior ou menor extensão, isto parece ser um bicho-papão comum em todas as descobertas do Mar de Timor até agora.

O processo de liquefacção do gás não tolera o dióxido de carbono, o que significa que a sua remoção é um custo acrescido em qualquer equação de desenvolvimento de campo.

Devido aos resultados em Barossa e Caldita, Santos e ConocoPhillips acredita-se estarem a considerar um pipeline para conectar ambos estes campos (e possivelmente também Evans Shoal/Evans Shoal South) com as instalações dos campos Bayu-Undan field facilities no centro do Mar de Timor. O dióxido de carbono pode ser tirado neste ponto e injectado no reservatório esgotado de Bayu-Undan enquanto o gás limpo é enviado para o pipeline existente para Wickham Point.

Um explorador do Mar de Timor para quem o dióxido de carbono é um problema a menos é a Methanol Australia. Esta companhia ganhou aprovações ambientais para uma proposta de desenvolvimento que envolve a produção de LNG e de metanol em duas separadas mas adjacentes fábricas a serem construídas em plataformas offshore nas águas relativamente superficiais (70 metros) de Tassie Shoals a cerca de 350 km nordeste de Darwin.

O dióxido de carbono em quantidades até cerca de 25 por cento é um ingrediente aceitável no fornecimento de gás para a produção de metanol, e realizaram-se conversas com outros exploradores para levar o gás de campos das redondezas com dióxido de carbono.

A Methanol Australia deseja ainda encontrar gás com baixo conteúdo de CO2 para o seu projecto paralelo de LNG.A companhia está a pôr as suas esperanças iniciais em duas áreas (Epenarra e Blackwood) que jazem imediatamente a oeste de Tassie Shoals e na concessão NT/P68 que detêm a 100 por cento.

A Epenarra-1, que vai ser perfurada no próximo ano, é a continuação para uma descoberta de gás vizinha chamada Heron feita pela Arco em 1972. A Blackwood, que vai também ser perfurada no próximo ano, é um prometedor alvo de exploração um pouco para o norte.

Fontes potenciais de fornecimento para as propostas de desenvolvimento da Methanol Australia e da ConocoPhillips/Santos jazem unicamente em águas Australianas. Dois outros projectos de gás possíveis no Mar de Timor contam com negociações internacionais. A primeira envolve a companhia Japonesa Inpex, que tem 100 por cento duma descoberta chamada Abadi que jaz em águas Indonésias imediatamente a norte da fronteira marítima com a Austrália e não muito longe a norte do campo Barossa/Lynedock field.

Estimativas iniciais sugerem uma reserva de gás de cerca de 5 triliões de pés cúbicos. Este número está a ser clarificado por um programa de três poços de perfuração, em curso, agora. Apesar de estar em águas Indonésias, Abadi está muito longe das infra-estruturas de gás desse país e a Inpex estuda uma outra opção de ligar o campo ao fim dum possível pipeline Barossa-Caldita para Darwin e Wickham Point. A ideia tem uma atracção acrescida porque a Inpex é já uma accionista da fábrica de LNG por intermédio da sua participação de 12 por cento de Bayu-Undan.

Contudo, este cenário depende de acordo e arranjo com o Governo Indonésio.

O outro "football" político é o do grupo Woodside (Woodside, ConocoPhillips, Shell e Osaka Gas) das dscobertas de gás do Greater Sunrise que se estende na fronteira da Austrália/JPDA com Timor-Leste.

A Woodside tem dito consistentemente que o desenvolvimento está encalhado até (condições) legais, regulamentares e fiscais poderem ser garantidas com certeza – o que parece improvável no futuro próximo devido ao desassossego em Timor-Leste.

Cerca de $250 milhões já foram gastos em estudos comerciais e de praticabilidade no Greater Sunrise, por isso não haverá necessidade de recomeçar se forem dadas essas garantias. Contudo, há ainda algumas divergências no seio do próprio consórcio do campo.

Sem surpresa, a ConocoPhillips deseja ver um pipeline a ligar a rota de Bayu-Undan para Wickham Point. A Shell está mais a favor duma linha separada para uma nova fábrica onshore de LNG – sendo o local mais provável Glyde Point a cerca de 40 km nordeste de Darwin.

Até agora o foco principal em todas estas propostas de desenvolvimento tem sido a exportação de LNG. Dúvidas recentes atiradas sobre o projecto de pipeline de gás PNG-Australia podem também abrir o Mar de Timor para o mercado doméstico da Austrália.

O campo Blacktip da ENI no Golfo Bonaparte (com 1 trilião de pés cúbicos de reservas) já se candidatou a abastecer os mercados nos Territórios do Norte.

Mas um próximo candidato para maiores volumes do Mar de Timor pode ser a Alcan do complexo de alumina em Gove, que se organizou correntemente para usar gás PNG. Noutra altura, poderão haver oportunidades de mercado no sudeste do país.

A não chegada de gás de PNG em 2009/2010 criaria uma insuficiência de 40-50 petajoules por ano de abastecimento do mercado Australiano. Alguma desta será coberta pela maré crescente de projectos de carvão e desenvolvimentos de gás convencional nas bacias de Gippsland, Otway e Cooper.

Mas a longo prazo, a velha ideia de mudar o fluxo do pipeline Amadeus-Darwin e ligá-lo à rede do sudeste fechando o intervalo Amadeus-Moomba pode ser revista.

Em qualquer situação o gás do Mar de Timor parece provavelmente vir a ser uma componente chave da equação do gás da Austrália nos anos vindouros.

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