O Primeiro de Janeiro
05 de Setembro de 2006
Comandante-geral da GNR vai visitar militares e reunir-se com altas patentes timorenses
O comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, partiu ontem para Timor Leste, onde chega amanhã para visitar as novas instalações do contingente militar daquela força em Caicoli e reunir-se com altas autoridades timorenses, disse fonte da GNR.
O general Mourato Nunes partiu às 8h00 de ontem de Lisboa e deverá chegar a Timor Leste amanhã, para uma visita de três dias, disse ontem à agência Lusa o porta-voz da GNR, tenente-coronel Costa Cabral. Um dos pontos altos da deslocação do comandante-geral da GNR é a visita ao quartel do subagrupamento Bravo em Caicoli, já recuperado para receber os militares portugueses, adiantou Costa Cabral.
Recorde-se que os 127 homens da GNR estavam instalados no Centro de Estudos Aduaneiros da Alfândega timorense, em Caicoli, e no hotel 2001, numa zona afastada do centro de Díli.
Com dois pisos e uma área anexa de grandes dimensões, a GNR terá agora em Caicoli espaço para instalar “todo o contingente, material e serviços de apoio”. A GNR também vai dispor em Caicoli de espaços anexos necessários a missões prolongadas, como um ginásio, pontos individuais de Internet e sala de convívio totalmente construída com materiais reaproveitados. De acordo com porta-voz, o comandante-geral está ainda a aguardar confirmação de encontros oficiais com o presidente da República timorense, Xanana Gusmão, com o primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, e com o representante das Nações Unidas em Timor Leste. Entretanto, os ministros dos Negócios Estrangeiros timorense, australiano e indonésio acordaram ontem cooperar para o restabelecimento da paz e da estabilidade em Timor Leste, durante uma reunião tripartida que decorreu em Díli. O australiano Alexander Downer, o indonésio Hassan Wiraduya e o timorense José Luís Guterres, que se reuniram com Ramos Horta “deram as boas-vindas à Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste [UNMIT, na sigla em inglês]”, mandatada pelo Conselho de Segurança da ONU para “fomentar a reconciliação nacional, preparar as eleições de 2007, distribuir assistência humanitária e trabalhar com a força policial para a manutenção da lei e da ordem”. A UNMIT, criada pela resolução do Conselho de Segurança adoptada a 25 de Agosto, vai contar com 1.608 polícias e 34 militares e terá um mandato inicial de seis meses. Ramos Horta manifestou, por seu lado, “grande confiança e optimismo” na capacidade dos timorenses para “ultrapassar a actual situação”, sublinhando no entanto que ela é agora “muito mais estável e agradável do que há dois meses”.
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Vizinhos
Pontos acordados
A reunião tripartida de ontem – entre os ministros dos Negócios Estrangeiros timorense, australiano e indonésio – serviu igualmente, segundo um comunicado do Governo australiano, para reforçar a vontade dos três países vizinhos de colaborar para “forjar relações comerciais mais estreitas e enfrentar ameaças à segurança regional como o contrabando e a imigração ilegal”.
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