domingo, setembro 10, 2006

Governo Australiano criticado por enviar 42 Timorenses para casa

Tradução da Margarida.


Herald Tribune Asia Pacific
The Associated Press
Publicado: Setembro 9, 2006


CANBERRA, Australia Legisladores criticaram o governo no Sábado por ter forçado 42 Timorenses que fugiram da violência na capital Dili em Maio a regressarem à sua terra.

Aos 42 homens, mulheres e crianças foi-lhes dito na Sexta-feira que tinham até à meia-noite de Segunda-feira para regressar a casa, disse no Sábado uma porta-voz do Departamento da Imigração.

Todos eles, correntemente a viverem nas cidades Australianas de Melbourne e Darwin, tinham feito apelos que falharam à Ministra da Imigração Amanda Vanstone para alargamento do prazo dos seus vistos humanitários.

Paul Henderson, um Ministro com base em Darwin do Governo do Território do Norte, criticou o Governo federal por mandar embora os Timorenses no dia a seguir a rer anunciado, na Quinta-feira, que mais 120 soldados Australianos vão ser enviados para Dili por causa da escalada das tensões.

"Um braço do governo diz que as coisas não estão muito bem em Timor-Leste e que precisamos de enviar mais tropas para lá e o outro braço do governo diz que é seguro para estes 14 irem para casa," disse Henderson à Australian Broadcasting Corp. radio, referindo-se aos 14 Timorenses que estão a viver na sua cidade.

O grupo estava entre os 54 Timorenses resgatados de Dili em Maio quando a Austrália mandou um batalhão de tropas para acalmar a violência que matou pelo menos 30 pessoas e tirou 150,000 das suas casas.

A violência tinha aumentado de confrontos entre forças de segurança do governo e soldados despedidos em Março pelo antigo Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.

Uma dúzia dos 54 a quem inicialmente foi dado vistos humanitários de três meses já tinham regressado às suas casas voluntariamente, disse a porta-voz da imigração sob anonimato, citando a política do departamento.

Aos restantes foi-lhes dada uma extensão de duas semanas em 24 de Agosto, disse a porta-voz.

Ela declinou dar pormenores das razões dos Timorenses serem trazidos para a Austrália, citando considerações de privacidade.

"por causa das suas circunstâncias pessoais, eram particularmente vulneráveis dada a situação política e de segurança em Dili então," disse a porta-voz.

Vanstone tinha decidido que os restantes 42 deviam regressar a casa depois de ter considerado os últimos relatórios do governo sobre a segurança em Timor-Leste, disse.

O Primeiro-Ministro John Howard disse ao Parlamento na Quinta-feira que o nível da violência em Dili tinha caído nas semanas recentes.

Mas a Austrália mandou imediatamente mais 120 tropas porque a fuga dos 57 presos da prisão de Dili em 30 de Agosto tinha "escalado as tensões," disse.

Na altura do anúncio de Howard, a Austrália tinha 930 militares e 180 polícias em Timor-Leste.

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