Tradução da Margarida.
09 Set 2006 10:51:12 GMT
Fonte: Reuters
Construção de nação de Timor-Leste
DILI, Set 9 (Reuters) – Um líder amotinado Timorense que fugiu da prisão no mês passado diz que a presença de tropas internacionais no país dividido por lutas mostra que o governo é incapaz de governar.
O Major Alfredo Reinado foi um dos jogadores chave por detrás duma revolta que mergulhou Timor-Leste no caos em Maio, estimulando a Austrália a liderar uma força internacional para restaurar a ordem.
Tropas e polícias internacionais têm-no procurado desde que fugiu da prisão, juntamente com cerca de outros 50, o que tem levantado preocupações novas sobre a segurança frágil na antiga colónia Portuguesa.
"Penso que quando se necessita da força internacional para interferir (nos) problemas internos isso significa que o governo não tem (a) capacidade para governar este país," disse Reinado à Reuters Television do seu esconderijo.
"Se o governo não tem mais credibilidade então as pessoas têm o direito para lhe pedir para se afastar."
Dili sofreu uma série de protestos que evoluíram em violência alargada em Maio depois de 600 membros das forças armadas de Timor-Leste de 1,400 elementos terem sido despedidos.
Uma estimativa de 100,000 pessoas foram deslocadas e pelo menos 20 mortas na violência, o que levou ao destacamento duma força internacional de 2,500.
A violência rebenta na pequena nação esporadicamente, e alguns Timorenses dizem que gangs lutam muitas vezes uns com outros com pedras e armas caseiras.
No Sábado, dúzias de jovens atiraram pedras a um campo de deslocados em Dili, levando tropas internacionais a intervirem para acabar com a briga.
Um oficial da polícia Australiana disse à Reuters de Dili que não houve mortes e que a calma regressou à área.
Reinado negou a responsabilidade pela violência na pequena nação. "Porque é que estão (as forças internacionais) à minha procura? Eu não sou o causador de problemas, não cometi nenhum acto criminoso nem nada."
As Nações Unidas concordaram com uma nova missão para Timor-Leste, compreendendo alguns 1,600 polícias, apesar duma disputa sobre se as tropas lideradas pelos Australianos que já lá estão deviam manter-se independentes ou ser parte da força da ONU.
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