quinta-feira, agosto 17, 2006

O debate do pacto do gás de Timor-Leste demora pelo menos um mês

Tradução da Margarida.


Business News
16-Agosto-06 por AAP

A consideração parlamentar de Timor-Leste de um acordo critico para avançar o desenvolvimento do maior recurso de gás do Mar de Timor demora pelo menos um mês, disse hoje o jovem ministro da energia do país.

Produtores de petróleo e de gás têm dito que estão à espera do acordo ser ratificado antes de se comprometerem com o desenvolvimento da área do Greater Sunrise, estimada ter 8 triliões de pés cúbicos de gás e mais de 300 milhões de barris de condensado.

Cerca de 20 por cento da Greater Sunrise está na Área Conjunta de Produção de Petróleo entre a Austrália e Timor-Leste e o resto no que a Austrália chama de jurisdição exclusiva.

O Ministro da Energia de Timorense José Teixeira, 42 anos, disse à Reuters numa entrevista que não lhe competia como parte do executivo prever quando é que o parlamento discutiria o acordo.

Mas acrescentou: "Pelo menos não dentre de um mês porque o parlamento fecha depois de amanhã por um mês... Assim pelo menos não dentro de um mês, talvez não dois."

Sob a JPDA 90 por cento dos rendimentos de royalty vão para Timor-Leste e 10 por cento para a Austrália, enquanto o novo acordo divide os restantes rendimentos 50-50, entregando potencialmente até $19.12 biliões para o empobrecido Timor-Leste durante 20 anos.

Austrália tem adiado a sua própria ratificação esperando que Timor-Leste actue primeiro.

O operador de Greater Sunrise, Woodside Petroleum Ltd congelou o projecto de $6.59 biliões em 2004 enquanto espera que Canberra e Dili resolvem as suas diferenças.

Outra questão divisora tem sido se se constrói uma fábrica de processamento de gás natural liquefeito para o Greater Sunrise em Timor-Leste ou se se usa uma fábrica que está a ser construída no Norte da Austrália, que Teixeira disse está fora da mão dos respectivos governos.

"É uma questão comercial para os pesquisadores do Greater Sunrise e temos discutido quer com os pesquisadores do Greater Sunrise quer com os investidores, outra terceira parte de investidores estrangeiros," disse.

Perguntado se essa questão poderia atrasar o começo do projecto, Teixeira disse: "Estamos a trabalhar para um calendário de ter todos os necessários estudos técnicos feitos. Não há razão para que uma opção demore mais do que a outra."

Em adição à Woodside, os accionistas da Greater Sunrise incluem ConocoPhillips, Royal Dutch/Shell e Japan's Osaka Gas Co Ltd. A Shell tem 34 por cento da Woodside.

Timor-Leste experimentou muitas semanas de violência, fogo posto e pilhagem mais cedo este ano, largamente acalmada somente depois de uma força internacional começar a chegar no fim de Maio, possibilitando o regresso de conselheiros técnicos que tinham partido.

Teixeira disse que a turbulência tinha atrasado os programas de desenvolvimento da energia somente "um pouco. Um mês talvez ... principalmente porque alguns dos países que provêem à nossa assistência técnica mandaram os seus conselheiros para fora."

Timor-Leste está no processo de entregar alguns acordos de petróleo e gás offshore em áreas que controla e está perto de assinar contratos de partilha de produção com a Eni SpA da Itália e a Reliance Industries da Índia, que ganharam direitos de exploração mais cedo neste ano, disse Teixeira, um advogado que foi educado na Austrália.

"As companhias foram notificadas ... e esperamos na primeira semana de Setembro assinar os contratos de partilha de produção com os dois vencedores."

A produção destes dois acordos bem como dos da Sunrise não se espera que arranque até à volta de 2010 ou 2011, mas Timor-Leste já começou a receber rendimentos significativos de projectos de energia que a nação de menos de um milhão tem esperança de usar para diversificar a sua economia e para desenvolver a saúde, a educação e empregos.

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