José Costa Santos, da Agência Lusa Díli, 25 Ago (Lusa) - Militares da GNR e a equipa do INEM que acompanha o subagrupamento Bravo saíram hoje à rua para mais uma missão de apoio humanitá rio à população de Díli, o outro lado da actuação portuguesa em Timor-Leste.
Num percurso feito numa Proteto, o carro blindado da Guarda Nacional Re publicana, que a Lusa acompanhou, a médica Isabel Santos, o enfermeiro Rui Campo s e o técnico de ambulâncias Patrício Ramalho, do Instituto Nacional de Emergênc ia Médica (INEM), tinham que visitar dois campos de deslocados para darem apoio médico a quem precisasse.
A primeira paragem, dez minutos depois da saída do quartel da GNR, foi no campo da Farmácia Central, onde nas últimas semanas foram "acompanhados vário s casos de constipações e febres", como explicou Isabel Santos, que desta vez nã o tinha nenhum doente à sua espera.
As condições neste campo não serão as melhores podendo mesmo ser classi ficadas de muito precárias, face às encontradas na casa das Irmãs Canossianas, o nde 20 pessoas das mais variadas idades foram hoje atendidas pela médica, sempre com os mais pequenos à porta do "consultório" improvisado numa biblioteca à esp era que Patrício Ramalho distribuísse rebuçados.
No contraste de um campo de cimento e terra batida com pouco espaço par a os 3.000 deslocados que estão no campo da Farmácia Central, a casa das Irmãs C anossianas oferece condições excelentes e vários locais de apoio para que crianç as e adultos, também cerca de 3.000, tenham alguns divertimentos.
Salas de leitura, campos relvados amplos e outros em cimento estendem-s e por muitos metros livres e são palco das brincadeiras da pequenada, vendo-se m esmo alguns miúdos a passear em bicicletas.
Depois de cerca de duas horas em consultas e na entrega de medicamentos aos doentes, e de distribuição de rebuçados aos mais pequenos - alguns entretid os a jogar futebol nos amplos relvados do campo -, terminava mais uma tarde de t rabalho humanitário que a equipa portuguesa faz em Timor-Leste.
Num balanço feito à Lusa sobre a acção de hoje, Isabel Santos disse que a equipa do INEM não deparou com casos graves, como o que obrigou recentemente a uma deslocação num helicóptero das Nações Unidas a Maliana (oeste) para socorr er feridos graves num acidente.
"Vimos pessoas com umas feridas e outras lesões cutâneas, umas gripes, febres e outros problemas virais também derivados das condições em que vivem", e xplicou.
O trabalho da equipa de emergência não se fica apenas pelo apoio humani tário.
"Fundamentalmente, estamos em Timor-Leste para apoiar os militares da G NR e, quando nos é solicitado, sair em patrulhas de risco mais elevado para o ca so de ser necessária a nossa intervenção", disse Isabel Santos.
Sem entrar em pormenores sobre as missões de risco elevado feitas pela patrulha da GNR, a médica regista, contudo, que ainda não foi necessário, "feliz mente", intervir quando saíram para a rua como aconteceu na última madrugada.
"Por isso, e aproveitando a presença de equipas do INEM no país, dispon ibilizamo-nos ao Ministério da Saúde e estamos a trabalhar em coordenação com as necessidades que nos são apresentadas", disse.
Nos intervalos das consultas aos militares da GNR, a equipa médica do I NEM também já deu algum apoio à população portuguesa residente em Timor-Leste e formação aos militares sobre técnicas que devem ser aplicadas no caso de ser nec essário retirar alguém ferido de um conflito.
No hospital de Díli, quando estava em Timor-Leste uma outra equipa que integrava um cirurgião, o pessoal do INEM chegou mesmo a efectuar uma operação c irúrgica de um homem que tinha sido atingido por uma seta que lhe perfurou o fíg ado.
"Ninguém o queria operar e foi o nosso médico que por acaso era cirurgi ão que fez o trabalho".
Ao longo dos dias que estão em Timor-Leste os médicos do INEM têm ainda a responsabilidade de "fazer relatórios médicos sobre todas as pessoas detidas" pela força portuguesa, elementos que são enviados ao Ministério Público juntame nte com o processo de cada detido.
O Governo timorense anunciou esta semana que existem cerca de 186 mil d eslocados no país, dos quais 82 mil só em Díli, espalhados por 56 centros de aco lhimento.
A saída da população dos seus locais de residência seguiu-se à onde de violência que provocou três dezenas de mortos, ocorrida na sequência da crise po lítico-institucional que afectou o país nos últimos meses.
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Olá, chamo-me joana e queria saber se me podes enviar. tenho o meu noivo em timor ele é gnr e vai fazer anos... ja m fartei de tentar saber a direcção da gnr em timor mas ta dificil e esta é mais uma tentativa. se souberes onde estao instalados podias dizer assim podia mandar-lhe o postal. apenas n queria ter de lhe perguntar que assim deixa de ser surpresa, lol. obrigado
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