terça-feira, julho 25, 2006

Só para alguns...


Prazo para entrega de armas terminou
DN, 25 de Julho de 2004

Terminou ontem o prazo estabelecido para a entrega voluntária de armas em Timor-Leste. A partir de agora, qualquer pessoa, designadamente civis, que for surpreendido na posse de qualquer arma será detido.

A revelação foi ontem feita pelo comandante das tropas australianas em território timorense, brigadeiro-general Mick Slater, que presidiu a uma cerimónia que decorreu em Díli e onde foram mostradas algumas das armas apreendidas até ao momento.

Entre o material militar voluntariamente entregue figuram, ao que tudo indica, muitas das armas que se encontravam atribuídas a agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), com destaque para uma shotgun, nove armas automáticas e 43 pistolas, além de granadas e de várias munições.

Sendo que, neste momento, ninguém sabe quantas armas é que desapareceram dos paióis da PNTL que foram assaltados no final de Abril, desconhecendo-se igualmente se parte das armas já recuperadas pelas autoridades ou pelas forças internacionais faziam, ou não, parte desse espólio.

Razão pela qual Mick Slater já afirmou que as forças militares e policiais da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, que integram o contingente internacional que se encontra em Timor-Leste vão, nos próximos dez dias, conferir os registos relativos às mais de mil armas recolhidas desde o final de Maio, tentando, assim, perceber o tipo de armamento que ainda se encontra em parte incerta.

No final deste período, os cerca de 600 efectivos da polícia internacional alargarão, então, o período de patrulhamento e de controlo da ordem pública na capital timorense durante as 24 horas do dia.

Neste momento, essas patrulhas decorrem apenas entre as 70 e as 23:00. Fora deste período, os casos que poderão ser objecto de uma intervenção têm de ser avaliados individualmente, cabendo depois às três esquadras em funções - Comoro, Díli Central e Bécora - decidir se actuam ou não.

Já completo está, entretanto, o processo de registo e de controlo de armas que se encontram atribuídas às Falintil-Forças de Defesa de Timor- Leste, tendo sido detectada, de acordo com o brigadeiro-general Mick Slater, "a falta de menos de uma dúzia de armas".

O que, em termos práticos, demonstra o grau de disciplina da estrutura liderada por Taur Matan Ruak durante a crise timorense.

http://dn.sapo.pt/2006/07/25/internacional/prazo_para_entrega_armas_terminou.html

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