Por que calcas meu solo ?
Por que matas minha gente ?
Meus verdes alcantilados,
minhas azuis montanhas
querem a paz,
a paz que todos queremos.
Minha aldeia sossegada beija os aromas puros das minhas humildes montanhas que querem a paz,para no silêncio e na paz construir a paz.
Porque tu,
com tanto progresso técnico,
tens inveja daquilo
que eu não tenho,
não possuo,
mas quero ser.
Ser como o Senhor me fez,
nascer com a paz,
viver na paz
e dormir sonhando a paz ! ...
Quem acredita que eles não matam,
não assassinam !
Quem crê que eles querem construir na guerra,
com o cano das suas armas,
a minha aldeia.
Minha natureza contempla,
em silêncio, suas obras.
As cascatas das águas nascentes
das minhas montanhas levam os males
que eles cometeram,
para assim dar ao mundo,
aos fortes,
a honra e a glória !
Eu, no meu silêncio, choro
para que meus choros não ultrajem
a honra dos grandes.
Falo sem nada dizer
para que meus vizinhos me não gritem.
Acredito que a Paz existe para mim,
morrendo ! ...
Fitun Fuik
.
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