Bissau, 18 Jul (Lusa) - A Cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) reiterou o apoio dos oito Estados membros às autoridades de Timor-Leste e apelou a "todas as forças timorenses" para prosseguirem o diálogo visando encontrar saídas para a crise.
Reunidos na segunda-feira em Bissau, os chefes de Estado e de Governo da CPLP indicaram terem endossado à ONU o pedido de Díli para a constituição de uma nova missão das Nações Unidas com componentes policial, militar e civil.
Os "oito" manifestaram também a importância da concertação político-diplomática para que os Estados membros da comunidade possam integrar a missão.
Paralelamente, a CPLP decidiu enviar, em breve, uma missão ministerial a Timor-Leste para, em colaboração com as autoridades locais, avaliar a situação e estudar a forma como a comunidade pode ajudar o país a ultrapassar a crise e retomar os esforços na edificação de um Estado de Direito democrático.
Na cimeira de Bissau foi também, salientada a necessidade da CPLP enviar uma missão de observadores às eleições de 2007 em Timor-Leste, onde estão previstas legislativas para Abril e presidenciais em Maio.
Timor-Leste esteve representado na VI Cimeira da CPLP pela ministra da Administração Territorial, Ana Pessoa, dada a impossibilidade de se deslocarem a Bissau tanto o Presidente, Xanana Gusmão, como o primeiro- ministro, José ramos Horta.
JSD.
Só mesmo a CPLP pode dar alguma seriedade e ajuda à edificação de um Estado de Direito Democrático.
ResponderEliminarSe a CPLP não conseguir uma intervenção séria e honesta Timor caminha a passos largos para a perda de soberania e não passará de um protectorado da Austrália que tem o apoio incondicional dos Estados Unidos como teve a Indonésia aquando da ocupação.
A comunidade internacional tudo deve fazer para que os que morreram pela independência de Timor não tenha sido em vão.
A responsabilidade da comunidade internacional assume maior importância pelo facto de as Nações Unidas terem abandonado prematuramente um país que não tem uma elite com uma cultura democrática e de respeito pela lei, devidamente alicerçada.