DN
14.07.2006
Armando Rafael
A esmagadora maioria dos ministros timorenses que hoje deverão tomar posse, e que integram o Executivo do primeiro-ministro Ramos-Horta, transita do elenco governativo liderado por Mari Alkatiri.
Ao que o DN apurou, as únicas novidades que estão previstas prendem-se com as pastas dos Negócios Estrangeiros (onde o embaixador José Luís Guterres deverá substituir o próprio Ramos-Horta), além dos Transportes e da Educação, uma vez que a Fretilin não aceitou a recondução dos anteriores titulares, sublinhando que eles se demitiram em ruptura com Mari Alkatiri.
É isso que explica que Ovídio Amaral seja substituído nos Transportes e Comunicações por Antoninho Bianco, que irá acumular com a Presidência do Conselho de Ministros, e que Armindo Maia ceda a Educação à vice-ministra, Rosália Corte-Real.
Situação diferente é a que se verifica nos Recursos Naturais, uma pasta que era anteriormente acumulada pelo próprio primeiro-ministro Mari Alkatiri. Com a sua saída, Ramos-Horta optou por promover também o anterior número dois do ministério, José Teixeira.
Com Ramos-Horta a acumular as suas novas funções com a pasta da Defesa, e com os vice-primeiros-ministros Estanislau da Silva e Rui Araújo a manterem também as pastas da Agricultura e da Saúde, o resto do elenco não sofre alterações.
Nas Finanças mantém-se Madalena Boavida e na Administração Estatal Ana Pessoa. À semelhança do que irá suceder nas pastas do Interior (Alcino Baris), Trabalho (Arsénio Bano), Justiça (Domingos Sarmento), Desenvolvimento (Arcanjo da Silva) e Obras Públicas (Odete Víctor).
Pelo que a presença de José Luís Guterres acaba por ter um significado especial, uma vez que o embaixador de Timor-Leste na ONU tentou, recentemente, candidatar-se à liderança da Fretilin, não tendo, depois, concretizado as suas intenções.
Embaixador na Austrália, Hernâni Coelho terá chegado a ser ponderado para o lugar, hipótese que não se confirmou.
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