Tradução da Margarida:
Deborah Snow
Junho 29, 2006
Um antigo oficial das forças armadas Australianas criticou fortemente as redes de serviços de informações básicas da Austrália em Timor e em toda a tegião, dizendo que elas estão em pior estado do que durante a II Guerra Mundial.
O Major-General na reforma Mike Smith, que foi vice-comandante das forças da ONU em Timor-Leste em 2000 e agora dirige a organização de caridade Austcare, disse ontem que achava extraordinário que a Austrália "continua a ser apanhada com as calças na mão " em Timor-Leste, nas Ilhas Salomão, Fiji e Papua Nova Guiné".
"Se realmente, realmente conhecêssemos esta região tão bem como se pensa que conhecemos, então porque é que nos surpreendemos constantemente com estas questões?
"O que isto significa para mim é que não temos bons agentes de serviços de informações, não compreendemos o que se passa ao nível das bases," disse no Lowy Instituto para Política Internacional em Sydney.
Quando nova violência rebentou em Dili, o General Smith disse que "ter serviços de informações não é destacar pessoas numa área duas semanas antes de um incidente. É ter uma rede de fontes através do país que foi sendo criada há muitos, muitos anos. Com bastante franqueza … o nosso sistema de Guardas da Costa na II Guerra Mundial estava mais adiantado do que o que temos agora."
Os Guardas da Costa foram uma corrente de observadores clandestinos colocados em locais ao longo do PNG e das ilhas do Pacífico para manter os barcos japoneses sob vigilância.
O General Smith sugeriu que a Austrália juntasse antropólogos aos seus destacamentos militares na região e apelou à criação de um instituto regional para emergências complexas.
"Como vice-comandante das forças, quando viajei por Timor-Leste (em 2000), a coisa que mais aprendi acerca da força militar internacional era o pouco que sabiam das pessoas que protegiam."
Também achou "estranho" que a Austrália não tenha desdobrado um destacamento de co-operação civil-militar na sua corrente missão em Timor.
"Suspeito (que a ideia foi), entramos lá e saímos muito depressa e não temos que permanecer'."
Mas avisou que "não é sobre sermos ou não o sheriff dos USA … temos de tomar a liderança, não há alternativa".
O General Smith, que recentemente regressou duma visita a Timor-Leste, disse que ainda acredita que é mais um Estado emergente que um Estado falhado, e que a determinação dos jogadores políticos máximos em respeitar a constituição era uma conquista da democracia.
Mas que a força policial precisava duma reconstrução total e que os dadores de ajuda deviam fazer muito mais para apoiar a governação civil.
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Parece que quem está frita será a Direcção da Fretilin... não mude ela não...
ResponderEliminarNão queria antes dizer "queimada"? Sim a alguns queimaram as habitações, à Fretilin queimaram sedes, mas aquilo é gente rija e sabe que para a frente é que é o caminho!
ResponderEliminarNão percebo, com as palavras do General Mike Smith, que é uma excelente pessoa, para além de um militar exemplar, faz acusações graves e comentários com grande crítica aos seviços secretos australianos...e não se vêem reações dos leitores...Porquê?
ResponderEliminarParte do que está a acontecer em Timor-Leste passa pelo que foi dito, e claro os ocultos (alguns nem por isso) interesses do petróleo e gás!
Era interessante desenvolver esta ideia! Que tal?
Já não há paciência para esta história da Austrália.
ResponderEliminarEles só fazem aquilo que lhes é permitido.
E Xanana Gusmão permitiu, permite e quer continuar a permitir.
De que serve a comunidade internacional denunciar a atitude da Austrália se o Presidente da República Timorense é seu aliado?!
Só o povo timorense pode posicionar-se e dizer se querem ou não ser um país soberano.
Para já o que temos é um Presidente da República a fazer as suas opções claras e a primeira é a sua aliança com a Austrália e que ninguém se meta no seu caminho senão é demitido e não há Constituição que lhe valha.