Tradução da Margarida:
O problema não é a Constituição, o problema é haver indivíduos e grupos com comportamento inconstitucional.
Acredito que a Constituição provou ser capaz de evitar rupturas e passou o teste nesta crise.
O que tem acontecido é o PR que é considerado o símbolo do Estado, não teve a capacidade para remover o governo ou despedir um Primeiro-Ministro legítimo e dissolver o Parlamento.
Este é um testemunho para uma constituição que não tem permitido que alguém esteja acima da lei quando quer a remoção de representantes e instituições legítimos.
Então como é que o PR conseguiu ao menos obter a resignação do Primeiro-Ministro sem romper com a constituição? Primeiro constou-se que o Presidente queria despedir o Primeiro-Ministro e dissolver o Parlamento o que teria tido repercussões e desencadeado uma crise Constitucional. A resposta à questão para a resignação do Primeiro-Ministro é que tomou a forma duma ameaça inviamente organizada. A ameaça foi que se o Primeiro-Ministro não resignasse, então resignaria o PR. Este cenário desencadearia ainda mais instabilidade.
O Primeiro-Ministro na sua resignação, disse, e muito bem, que resignaria para que o PR não resignasse.
O que é importante é que esta Constituição protegeu o mais sagrado de todos os princípios democráticos, que é o direito do povo estar representado por escolha e não pela força.
Se um dia um partido da oposição estiver no poder, poderá ficar descansado que a única maneira de o remover é que o povo escolha removê-lo em eleições livres e justas.
Uma Constituição muito bem feita.
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