Díli, 18 Jul (Lusa) - A situação de segurança em Díli é cada vez maior e isso deve-se à coordenação das forças internacionais no terreno, disse hoje à Lusa o brigadeiro Mick Slater, comandante das tropas australianas.
"Diariamente a situação está melhor, mais normalizada, mas esse resulta do não é somente esforço das tropas australianas. Os militares australianos não teriam alcançado isso sem o esforço conjunto dos neozelandeses, malaios e da GNR de Portugal", afirmou.
O brigadeiro Mick Slater falava à Lusa antes do almoço em que os milita res australianos terão hoje a companhia do seu primeiro-ministro, John Howard, q ue se encontra numa visita de seis horas a Díli.
"(A visita de John Howard) é uma ocasião muito importante. Os soldados sentem-se mais reforçados. Eles gostam mesmo muito do primeiro-ministro e contri bui para lhes aumentar o moral", acrescentou.
John Howard chegou hoje a Díli às 09:00 horas locais (01:00 horas de Li sboa) para uma rápida visita aos militares e polícias australianos que integram o contingente internacional, que desde 25 de Maio se encontra em Timor-Leste, a pedido das autoridades timorenses, para ultrapassar a crise político-militar des encadeada em finais de Abril.
Howard já esteve reunido com o se homólogo timorense, José Ramos Horta, com o Presidente Xanana Gusmão e com o representante especial do secretário-ger al da ONU, Sukehiro Hasegawa.
Antes de regressar ao seu país, John Howard dará ma conferência de impr ensa no aeroporto internacional Nicolau Lobato, em Díli.
A crise político-militar iniciou-se com a deserção de um terço do exérc ito por alegada discriminação da hierarquia, e conduziu à desintegração da Políc ia Nacional, a divisões no seio das forças armadas, e a actos de violência prota gonizados por grupos rivais de civis.
Com a chegada de forças militares e policiais estrangeiras, da Austráli a, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, a situação melhorou progressivamente, mas o saldo negativo da instabilidade é dado pelos cerca de 30 mortos registados e m ais de 150 mil pessoas deslocadas em campos de acolhimento, a maior parte dos qu ais em Díli.
No plano institucional, o então primeiro-ministro Mari Alkatiri pediu a demissão do cargo, a 26 de Junho, na sequência de um "braço de ferro" com o Pre sidente Xanana Gusmão.
EL.
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