quinta-feira, julho 13, 2006

Bom senso.

Despacho de Freitas reverte decisão e mantém adido de segurança

Diogo Freitas do Amaral voltou atrás na decisão de extinguir o posto de adido de segurança na embaixada portuguesa em Timor-Leste e renomeou o tenente-coronel Matos de Sousa para o lugar, num despacho hoje publicado.

A extinção deste e de 38 outros postos foi anunciada em Fevereiro passado, no âmbito da remodelação da rede de conselheiros e técnicos especializados em missões diplomáticas no estrangeiro, motivada pela necessidade de cortar despesas no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Contudo, a partir do final de Abril, Timor-Leste mergulhou numa grave crise político-militar que levou nomeadamente as autoridades timorenses a pedirem a quatro países, entre os quais Portugal, o envio de forças policiais e militares para estabilizarem a situação.

Um contingente de 120 militares da GNR chegou a Díli no princípio de Junho mas, ainda antes disso, na fase mais intensa da insegurança, coube ao adido de segurança em Díli, Francisco Matos de Sousa, assegurar a coordenação e os contactos com os portugueses em Timor-Leste, designadamente os cerca de 100 professores no país.

Segundo um despacho conjunto dos Ministérios da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros publicado hoje no Diário da República, a presença de uma missão da GNR em Timor-Leste e "a intensificação da cooperação bilateral" na área da segurança justificam a manutenção do posto.

Nesse sentido, Matos de Sousa é nomeado pelo período correspondente ao que lhe faltava para terminar a comissão de serviço, com efeitos a partir de 01 de Julho e termo em Fevereiro de 2008.

O despacho foi assinado por Diogo Freitas do Amaral a 29 de Junho, um dia antes de anunciar a sua demissão do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros.

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O único posto de adido militar e de segurança então extinto - e agora recuperado - foi o de Díli.

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Além do adido de segurança em Díli, o único posto cuja extinção foi anulada foi o de conselheiro cultural em Pequim, actualmente ocupado por João Barroso, depois de o embaixador português na capital chinesa, António Santana Carlos, ter informado o Ministério de que o conselheiro era a única pessoa da missão que fala mandarim e cantonês.

MDR.

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