Lisboa, 04 Jul (Lusa) - José António Barreiros, o advogado que vai repr esentar Mari Alkatiri no processo sobre a alegada distribuição de armas a civis, disse hoje à Agência Lusa que aguarda a marcação do interrogatório ao ex-primei ro-ministro para viajar para Timor-Leste.
"Estou a aguardar que seja marcado o interrogatório para agendar a minh a viagem" a Timor-Leste, disse José António Barreiros, acrescentando que na sema na passada, Mari Alkatiri pediu o adiamento da sua audição, prevista para sexta- feira, por estar ainda a fazer contactos para contratar um advogado.
No mesmo dia em que apresentou a sua demissão do cargo de primeiro-mini stro, 26 de Junho, Alkatiri foi notificado pela Procuradoria-Geral da República de Timor-Leste para prestar declarações no âmbito do caso da distribuição de arm as a civis que envolve o seu ex-ministro do Interior, Rogério Lobato, actualment e em prisão domiciliária.
A audição foi marcada para sexta-feira, 30 de Junho, mas Alkatiri pediu quinta-feira o seu adiamento numa carta em que, segundo o procurador-geral timo rense, Longuinhos Monteiro, alegava a imunidade parlamentar de que goza ao retom ar o seu lugar de deputado e o atraso na chegada a Timor-Leste dos seus advogado s.
à Lusa, José António Barreiros disse ter sido contactado telefonicament e por Alkatiri "no final da semana passada" para o representar.
"A ideia é formar uma equipa de advogados que dê apoio ao processo, mas ainda não está nada definido e, para já, o que está em causa é ele ser ouvido", disse Barreiros.
Sobre a possibilidade de o ex-primeiro-ministro timorense invocar imuni dade parlamentar, o advogado português disse ter compreendido, dos contactos rea lizados, que Alkatiri "prescindirá dessa imunidade" e que foi "precisamente por isso" que tomou a iniciativa de contactar um advogado.
Em declarações à Lusa sexta-feira, Mari Alkatiri disse que a primeira d ata para a audição foi marcada a seu pedido, para "limpar isso [as alegações] o mais cedo possível".
"Tentei todos os possíveis para trazer o meu advogado, mas não encontre i ninguém disponível, em Portugal e noutros países, que me dissesse 'dentro de u ma semana posso estar aí'", disse então, sem se referir à questão da imunidade p arlamentar.
José António Barreiros disse também desconhecer os termos do processo, que "está em segredo de justiça", e que o próprio Mari Alkatiri "só terá conheci mento do processo quando for a interrogatório".
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MDR.
"Assim que tiver o meu advogado em Dili, estarei pronto para depor e eu proprio solicitarei autorizacao ao parlamento para me deixar depor", acrescentou."
ResponderEliminarEspero que nao se venha revelar como uma repeticao do episodio sobre a sua demissao. Estava entao pronto para se resignar mas ouvida a CCF nao aceitaram a sua demissao. Pede para depor mas o Parlamento rejeita o seu pedido. Espero que nao...
Pois o seu partido ate tem a maioria parlamentar. Se isso acontecer so revelara mesmo o interesse de nao quererem deixar a justica tomar o seu rumo.
ResponderEliminarNão se preocupe com a Fretilin, anónimo das 6:22PM. A Fretilin tem sabido agir com tolerância, sentido de responsabilidade e respeito com os seus líderes e nunca iria deixar o seu Secretário-geral mal colocado. Soubessem os outros partidos agir como a Fretilin e Timor-Leste não estaria como está.
ResponderEliminarengracado, a FRETILIN tem a maioria parlamentar, eleita democraticamente... e mesmo assim o sr ou a sra anonimo/a ainda esta contra... o que realmente entende por democracia?? se o partido quisesse fosse nao deixar a justica tomar seu rumo, porque razao estariam tao calmos?
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