Díli, 07 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro timorense, Mari Alkatiri, garante que as relações pessoais e institucionais com o Presidente República, Xanana Gusmão, e com o ministro José Ramos-Horta "são boas" e que, sobretudo no plano institucional, "serão reforçadas".
Em entrevista à agência Lusa, o primeiro-ministro comentava as alegadas divergências entre as três mais relevantes figuras da governação em Timor-Leste, com consequências ao nível dos comportamentos populares, perspectivando também o período que se segue à crise político-militar e antecede as eleições legislativas marcadas para Abril de 2007.
Quanto ao Presidente da República, Alkatiri garante haver uma progressiva melhoria no relacionamento institucional e uma sólida relação pessoal, de que "ninguém pode ter dúvidas".
"Basta ver a forma como nos damos em público para perceber que as nossas relações pessoais são muito boas", afirmou, explicando que essa relação "deve ser transportada do plano pessoal também para o plano institucional".
"A nossa relação institucional está definida pela Constituição e, embora estejamos a viver um período de 30 dias de excepção" - marcado pela gestão presidencial em questões de defesa e de segurança - "vamos estreitar cada vez mais a solidariedade institucional, reforçando a coordenação, a cooperação e a confiança, mesmo depois de este período acabar", disse.
No que toca ao ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, José Ramos-Horta, o primeiro-ministro é ainda mais directo ao afirmar:
"é ministro de um governo dirigido por mim. Sobre isso, ponto final.
Se tem duas ou três faces, é ministro do meu Governo e isso define tudo no plano institucional".
PR/ASP.
Lusa/Fim
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