Díli, 06 Jun (Lusa) - O porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, José Ramos-Horta, garantiu hoje que o governante "não deu autorizaçã o nem proibiu" a manifestação antigovernamental prevista para hoje em Díli.
Cristóvão Santos disse que Ramos-Horta, que desde sábado acumula a past a da Defesa, se reuniu segunda-feira com elementos que organizaram a manifestaçã o, que o informaram da intenção de se deslocarem a Díli para uma manifestação na capital.
Segundo a fonte, José Ramos-Horta disse que "naturalmente toda a gente tem direito a fazer manifestações, desde que sejam pacíficas".
O ministro terá acentuado, segundo o seu porta-voz, que "não há resoluç ões fáceis para os problemas".
O major Tara, um dos responsáveis dos soldados rebeldes que têm estado nas últimas semanas na zona de Ermera, garantira à Lusa que a manifestação fora autorizada pelo ministro da Defesa, José Ramos-Horta, que na segunda-feira se re unira em Gleno, a capital do distrito de Ermera, com os soldados rebeldes.
"A manifestação foi autorizada pelo ministro Ramos-Horta que ontem diss e que o poderíamos fazer desde que não houvesse violência. Garantimos que não va mos usar violência", afirmara.
"Vamos entrar na cidade de forma organizada. O nosso objectivo é derrub ar o Alkatiri", sublinhou Tara.
Durante as últimas 48 horas a Agência Lusa tentou por várias vezes cont actar o ministro Ramos-Horta, sem sucesso.
Uma fonte do executivo timorense tinha hoje garantido à Lusa desconhece r o conteúdo da declarações do ministro da Defesa em Gleno, relembrando que a le gislação em vigor que organizadores de manifestações "informem a polícia".
Cerca de 1.250 pessoas estão concentradas na aldeia de Tibar, 10 quilóm etros para oeste de Díli, onde se juntarão milhares de outras para uma manifesta ção contra o chefe do governo timorense, constatou a Lusa no local.
Os manifestantes chegaram a Tibar a meio da manhã de hoje em 32 viatura s que partiram da zona de Ermera, a sudoeste de Díli, estando agora a aguardar a chegada de manifestantes das zonas de Liquiçá e Bobonaro.
ASP.
Lusa/Fim
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