quinta-feira, junho 15, 2006

Obrigada, Margarida

Tradução:

FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN

Mensagem do Presidente da Fretilin

Aos membros do Partido e ao Povo

Hoje, em 12 de Junho, eu, Lu Olo, Presidente da FRETILIN, através desta mensagem transmito a todos os membros e simpatizantes da FRETILIN espalhados pelos 13 distritos de Timor-Leste, que:

Timor-Leste está a atravessar uma enorme crise. Por esta razão, a FRETILIN a maior organização politica em Timor-Leste com o apoio de membros individuais deve examinar cuidadosamente,

a) porque é que ocorreu esta crise?

b) como é que ela ocorreu?

c) e como é que todos nós juntos nos podemos livrar desta aflição de modo a que nos possamos unir mais uma vez para estabelecer e desenvolver a paz e a estabilidade – a única condição que pode garantir a redução da pobreza e da ignorância de modo a potenciar o desenvolvimento em Timor-Leste.

Em relação à situação corrente, a FRETILIN mantém que:

1) Do Sul ao Norte, do Oeste para o Leste, somos todos Timorenses do Leste.

2) O Povo Maubere foi o único povo responsável pela condução das tarefas diferentes na frente clandestina, na frente armada e na frente diplomática e para que tivéssemos sido capazes de restaurar a nosso independência em 20 de Maio de 2002. Quando lutámos pela nossa independência nacional e restaurámos o nosso Estado – a República Democrática de Timor-Leste, todos nós mostrámos ao mundo inteiro a nossa determinação, a nossa unidade nacional e a nossa identidade como um Povo.

3) Como a maior força política em Timor-Leste, a FRETILIN está consciente da sua responsabilidade e dever de manter e promover a democracia em Timor-Leste em harmonia com a Constituição da RDTL. No seu segundo Congresso, a FRETILIN ensinou aos seus membros para observar maneiras diferentes de eleger delegados e os líderes do partido em linha com a lei dos partidos políticos e o Estatuto da FRETILIN. O Congresso fortaleceu a vida institucional da FRETILIN e teve o maior valor porque consentiu processos democráticos importantes e contribuiu para o reforço da democracia no nosso país. As decisões tomadas no segundo Congresso são válidas por cinco anos.

Durante o Congresso, 97% dos delegados re-instalaram o camarada Lu-Olo como Presidente e o camarada Mari Alkatiri como Secretário-Geral. O Congresso também elegeu os membros do Comité Central da FRETILIN que superintenderão as tarefas do partido durante os próximos cinco anos. No Domingo passado, dia 4 de Junho de 2006, o CCF instituíu a Comissão Política Nacional, um órgão com os poderes de tomar decisões e levar à prática as directivas do Comité Central.

De acordo com a lei dos partidos políticos, a FRETILIN tem o direito de eleger os seus próprios líderes. Assim, cada Timorense do Leste, individuais ou membros doutros partidos políticos devem aceitar as decisões da FRETILIN.


De modo a encontrar uma solução para esta crise a FRETILIN apela:

Primeiro a todos os seus membros:

- Que continuem a apoiar a liderança da FRETILIN – o Presidente, Camarada Lu Olo e o Secretário-Geral, Camarada Mari Alkatiri;

- Que criem e fortaleçam as estruturas da FRETILIN para fazerem a vigilância no âmbito das suas vizinhanças;

- Que evitem cair em manipulações cometidas por outros com o objectivo de depor o nosso Governo Constitucional através de petições, demonstrações ou outras manobras contrárias à Constituição da RDTL.

Ao povo:

Primeiro que tudo, a FRETILIN transmite as suas melhores saudações porque mesmo se vivemos na amargura, a vasta maioria do Povo Maubere sabe melhor viver em paz e continua a trabalhar para promover o desenvolvimento no nosso país. Eles continuam a estar alertas e a serem tolerantes.

- a FRETILIN apela ao Povo para não acreditar em rumores que estão a ser espalhados por indivíduos irresponsáveis para criar a confusão e instalar medo no seio do povo.

Também queremos garantir a cada um dos Timorenses do Leste que a FRETILIN, um partido político legalmente estabelecido, nunca distribuiu armas aos seus membros ou simpatizantes para intimidar as pessoas ou para matar alguém. A FRETILIN está confiante que vencerá as próximas eleições gerais e portanto não precisa de distribuir armas para ganhar o poder. A FRETILIN não tem nenhumas armas e não precisa de armas para fazer política.

A FRETILIN tem a sua própria história quando resistiu contra as forças de ocupação indonésias para que nos pudéssemos tornar independentes. Durante a resistência, a FRETILIN tomou ela própria a decisão de separar as FALINTIL da FRETILIN. Como resultado, hoje a FALINTIL são as Forças Armadas do povo de Timor-Leste. Deste modo, a FRETILIN nunca acolheria qualquer intenção, fosse qual fosse, para usar a violência para intimidar o povo.

A FRETILIN apela a todas as pessoas que tenham armas em seu poder para as entregarem às autoridades de acordo com as instruções do Presidente da República e do Primeiro-Ministro.

Quando toda a gente tiver entregue as suas armas, o povo sentir-se-à seguro, regressará às suas casas e viverá em paz.

Para os outros partidos politicos:

- A FRETILIN apela aos seus líderes e aos seus membros para respeitarem a legalidade constitucional que vem da Constituição da RDTL de modo a podermos desenvolver a democracia e a paz no nosso país.

- A FRETILIN também apela aos outros partidos políticos para desenvolverem as suas responsabilidades com paz de modo a que todos possamos contribuir para as eleições gerais democráticas que serão realizadas no nosso país em 2007.

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5 comentários:

  1. Instala-se o desespero sob diversas formas... começou a campanha eleitoral para 2007. Mas como resolvem os problemas fomentados? Em campanha eleitoral? Não é preciso ter a certeza de que se ganham as eleições quando a casa está toda virada ao contrário. O que é preciso é dar condições às pessoas para regressarem à sua vida normal e tratarem de sarar as feridas - com JUSTIÇA! E ainda ninguém explicou de facto o que aconteceu. Ainda haverá que aparecer isso tudo. E se tudo foi orquestrado também se irá saber, mas sejam rápidos a mostrá-lo. Não peneirem para baixo do tapete, não deu bom resultado até aqui. Um governo de unidade nacional, ao menos tem o condão (mesmo que soe a forçado) de reunir as forças políticas numa tarefa que deveria ser de todos - não foi esse o caso. Vejam no que deu, Com os erros aprende-se, convém é que não se repitam... e pela embalagem do texto vislumbra-se a repetição... para 2007. Se não houve maturidade política para lidar com os acontecimentos, ela vai aparecer em 2007? Ou vai ouvir-se a mesma coisa sob a legalidade de um Governo eleito maioritariamente, democraticamente e sempre defendido na Constituição? Isso não foi o que aconteceu antes? E deu em quê? É caso para se pensar, parece-me.

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  2. E melhor voce ir pensando no teu governo de unidade nacional...e possivel que ganhes alguma cadeira...Salada russa no governo?

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  3. A margarida esta de parabens pela x? vez!
    Ja deve ter escrito o equivalente a um livro com estas traducoes todas.
    Devia ir a Timor para receber uma medalha e trabalhar para o "media unit" do PM. Ou sera que ja esta ai?
    hum...

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  4. correcao: Translation Unit

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  5. Nem media unit nem translation unit. Estou muitíssimo bem a aprender com o excelentes textos que aqui têm posto e eu é que vos estou agradecida por esta oportunidade de aprender mais qualquer coisinha. É que o que se passa em Timor é um reflexo do estado das coisas que se passam pelo mundo. E tenho aprendido convosco que afinal essa coisa da soberania popular que tão amesquinhada tem sido afinal é mesmo importante e que aí em Timor há gente determinada e teimosa a defendê-la com imensa tolerância e inteligência. Continuem a vossa luta, amigos!

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