Tradução:
O rapinanço de Timor-Leste
AGORAVOX
14.06.2006
Se foi alguma vez a Timor-Leste sabe como o país é pobre.
Eu fui lá depois de passar algumas semanas na hedonistica Kuta, e o choque cultural é quase tanto se voar de Singapura para Jakarta.
Colonizado pelos Portugueses e depois mais tarde pelos Indonésios, os Timorenses sobrevivem basicamente da agricultura de subsistência. Não há indústria de que se possa falar. O GDP per capita é somente de US$400, e isso vê-se. A maioria dos Timorenses vestem-se com farrapos e pode-se ver má-nutrição em todo o lado.
E depois há US$30 biliões sentados no Mar de Timor que separa Timor-Leste e a Austrália.
Mas adivinhem?
Timor-Leste não vai obter a parte justa que lhe compete.
E porquê? Porque os Australianos reivindicam que a fronteira marítima entre os dois países está muito mais perto de Timor-Leste do que da Austrália.
Mas como é que isso pode ser justo? Certamente que qualquer pessoa com o mínimo de senso concordaria que a fronteira marítima deve ser traçada equidistantemente entre os dois países de acordo com a lei internacional
Mas Howard não segue tal lógica. E então o governo Australiano reconhece Timor-Leste como uma nação soberana mas só aceita a fronteira marítima que traçou com a Indonésia em 1972.
E porquê?
Por causa do petróleo, obviamente.
Porque somente 20.1 por cento da reserva chave da Greater Sunrise cai dentro da conjunta área de desenvolvimento petrolífero inserida no acordo interino de 2002 do Tratado do Mar de Timor entre a Austrália e Timor-Leste. Os outros 79.9 por cento é a parte do Mar de Timor sobre o qual a Austrália reclama jurisdição exclusiva.
Agora dê uma olhada ao mapa outra vez, e pode ver que se a fronteira marítima fosse desenhada equidistantemente entre os dois países então a reserva de Greater Sunrise devia na verdade pertencer a Timor-Leste.
Portanto os Aussies estão basicamente a roubar dos Timorenses empobrecidos.
Até aonde pode ficar doente?
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