TSF
João Gomes Cravinho, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros garantiu esta segunda-feira que a cooperação entre as tropas australianas e os militares da GNR em Timor «é exemplar», sem qualquer vestígios da polémica que envolveu Portugal e Austrália por causa do comando operacional dos militares portugueses no terreno.
( 20:46 / 26 de Junho 06 )
Gomes Cravinho, que visitou esta segunda-feira o quartel-general do Sub Agrupamento Bravo, em Díli, disse à TSF que tudo corre na perfeição. «A missão está a decorrer de forma muito positiva, a articulação com os australianos e com as outras forças é excelente», garante o secretário de Estado.
Gomes Cravinho sublinhou ainda que Portugal está disponível para ajudar Timor-Leste a encontrar soluções para os problemas políticos, apoiando a «plena consolidação das instituições de um país soberano.
«Toda a nossa colaboração vai exactamente nesse sentido. Não de apoio ao indivíduo A ou B, mas às instituições de Timor-Leste e à procura de uma solução dentro dos contornos constitucionais que já estão definidos», precisou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação no final da visita que efectuou hoje ao quartel do sub-agrupamento Bravo da GNR.
Referindo-se ao processo de diálogo em curso entre os timorenses, João Gomes Cravinho, que se encontra em Timor-Leste desde domingo, acrescentou que Portugal pretende ajudar para que essa iniciativa «contribua para a procura de uma solução».
«Não trazemos qualquer solução ou receita. É aos timorenses que compete encontrar soluções políticas para problemas políticos», sublinhou.
Acompanhado do embaixador de Portugal em Díli, João Ramos Pinto, o governante português jantou com os efectivos da GNR, e percorreu as instalações do quartel, em Díli, numa visita guiada pelo comandante operacional, capitão Gonçalo Carvalho.
Para terça-feira, o secretário de Estado português tem agendado um encontro com o Presidente Xanana Gusmão, após a reunião prevista do Conselho de Estado, e também com Ian Martin, enviado especial do secretário-geral da ONU a Timor-Leste, com quem abordará a participação portuguesa numa futura missão das Nações Unidas.
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O conveniente politicamente...mesmo assim, é com muita, muita mágoa, que só agora se ouve uma voz do Governo português no local. Continua portanto a postura do politicamente correcto e aparentemente da anuência com "his master's voice"...
ResponderEliminarMágoa, muita mágoa, depois de tudo o que fizemos e tentamos fazer por e com os timorenses.
Será que o silêncio tácito de Portugal não advém do facto de Xanana não querer o seu apoio?
ResponderEliminarLembram-se que haverá uma carta de Xanana a dizer a Portugal para suspender o envio da GNR.
Inexplicável ou explicável tal atitude de Xanana?
O que poderá fazer Portugal indesejado pelo Presidente da República cuja preferência é sem dúvida o apoio Australiano?
Portugal não pode ir contra a vontade de um Presidente da República que sabemos não estar à altura do cargo mas o facto é que o é.
Portugal está numa encruzilhada e o politicamente correcto e as relações diplomáticas todos sabemos estão sempre acima dos interesses do Povo.