Díli, 26 Jun (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri , anunciou hoje estar pronto a demitir-se do cargo, retomando o seu lugar de dep utado.
Numa conferência de imprensa sem direito a perguntas, Mari Alkatiri anu nciou estar disposto a demitir-se para evitar a resignação do presidente Xanana Gusmão, retomando o seu lugar no parlamento.
Alkatiri, que falou em tétum, português e inglês, disse igualmente esta r disponível para viabilizar um governo de transição.
O anúncio do primeiro-ministro surge um dia depois do Comité Central da FRETILIN ter recusado a renúncia de Mari Alkatiri, como fora exigido pelo presi dente Xanana Gusmão, apelando ao diálogo para encontrar uma saída para a crise p olítica do país.
Hoje mesmo um ministro, um vice-ministro e três secretários de Estado d o governo timorense iriam anunciar a demissão dos respectivos cargos.
Os demissionários são o vice-ministro da Saúde, Luís Lobato, o ministro da Educação, Armindo Maia, e os três secretários de Estado para a Coordenação d a Região II (Virgílio Smith), da Região III (Egídio de Jesus) e da Região IV (Cé sar Cruz).
A saída destes membros do governo é formalizada menos de 24 horas depoi s do ministro de Estado, dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação e da Defesa, José Ramos Horta, e do ministro dos Transportes e das Comunicações, Ovídeo Amara l, terem anunciado publicamente que saíam do governo.
Os jornalistas estavam hoje a preparar-se para uma conferência de impre nsa do ministro demissionário Ramos Horta, em que este ia explicar as razões da sua saída do governo, quando o próprio Nobel da Paz lhes comunicou que deveriam deslocar-se para a residência do primeiro-ministro, pois este tinha uma "importa nte declaração" a fazer.
Ramos Horta explicou que tinha acabado de receber uma chamada telefónic a dando conta da conferência de imprensa de Mari Alkatiri.
Interrogado sobre se isso significava que o primeiro-ministro se ia dem itir, Ramos Horta respondeu apenas "Sim".
EL.
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