Díli, 20 Jun (Lusa) - Uma manifestação anti-governamental não conseguiu juntar hoje mais de 100 pessoas em Díli, mas foi suficiente para levar o primei ro-ministro a abandonar o Palácio do Governo por uma das saídas laterais para ev itar cruzar-se com os manifestantes.
Concentrados defronte da entrada principal para o pátio interior do Pal ácio do Governo, os cerca de 100 manifestantes alternaram as palavras de ordem c ontra Mari Alkatiri e o seu governo com música tradicional timorense, tendo havi do ainda espaço para a passagem, em quatro ocasiões, de "Grândola, vila morena", de José Afonso.
Em declarações à Lusa e à RTP, o primeiro-ministro Mari Alkatiri classi ficou a iniciativa como "ilegal" por desrespeitar o que está disposto na lei que regulamenta o direito de manifestação.
"A manifestação é ilegal por todas as razões. Primeiro porque o Ministé rio do Interior não foi informado com quatro dias de antecedência, depois porque não houve concertação com a polícia, além disso não está a 100 metros do Paláci o do Governo e, finalmente, está a prolongar-se além das 18 horas", hora limite para manifestações em Timor-Leste, disse.
Augusto Trindade Júnior, um dos responsáveis pela manifestação, organiz ada pelo auto-denominado Fórum Nacional da Juventude, garantiu que os manifestan tes permanecerão no local até à queda de Mari Alkatiri.
Além das palavras de ordem, os manifestantes mantêm no local vários car tazes e panos em que exigem a demissão do governo e felicitam as tropas internac ionais, a Igreja Católica e o presidente timorense, Xanana Gusmão, que hoje comp leta 60 anos.
Efectivos militares australianos foram visíveis na área e zona circunda nte ao longo do dia, não se tendo verificado qualquer incidente.
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EL.
Lusa/Fim
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