Lisboa, 22 Jun (Lusa) - O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou hoje que o Governo português acompanha com "preocupação" a crise política em Timor-Leste, mas assegurou que Portugal mantém o seu empenhamento na missão da GNR.
"A crise política em Timor-Leste é naturalmente uma questão interna deste país e não seria curial um Governo estrangeiro pronunciar-se sobre essa crise", afirmou Pedro Silva Pereira no final da reunião do Conselho de Ministros.
Xanana Gusmão anunciou hoje a intenção de se demitir do cargo de Presidente da República sexta-feira, se Mari Alkatiri não assumir as suas responsabilidades pela actual crise em Timor-Leste.
"Peço responsabilidades ao vosso camarada Mari Alkatiri pela crise que estamos a viver, relativamente à sobrevivência do Estado de direito democrático, ou amanhã [sexta-feira] eu vou mandar uma carta ao Parlamento Nacional, para informar que me demito de Presidente da República", disse Xanana Gusmão numa mensagem ao país.
Segundo o ministro da Presidência, o Governo português está a "acompanhar com preocupação a crise política" entre o chefe de Estado timorense, Xanana Gusmão, e o seu primeiro-ministro, Mari Alkatiri, mas "seria uma irresponsabilidade fazer qualquer comentário" sobre essa matéria.
"O Governo português permanece empenhado na missão da GNR em Timor-Leste, no sentido de colaborar na manutenção da ordem pública no país", afirmou.
Interrogado sobre o facto de o contingente da GNR estar na dependência institucional dos órgãos de soberania timorenses, Pedro Silva Pereira respondeu que "os órgãos legítimos de Timor-Leste permanecem em funções" e que o ponto da situação ao nível da ordem pública "é de normalidade".
Para Pedro Silva Pereira, a actual crise política em Timor- Leste "é uma questão que compete aos timorenses resolver dentro do seu quadro institucional".
O ministro da Presidência recusou depois que Portugal tenha exercido pressões para evitar as demissões do Presidente da República, Xanana Gusmão, ou do primeiro-ministro, Mari Alkatiri.
"O Governo português não interfere nas questões políticas de um país soberano, mas está a acompanhar a situação a partir de Lisboa e no terreno [em Díli]", acrescentou.
Pedro Silva Pereira insistiu que, até ao momento, os órgãos de soberania timorenses permanecem em funções, tendo apenas havido "anúncios e notícias de demissões".
"Não vou especular sobre o que poderá acontecer nas próximas horas ou dias [em Timor-Leste]. Seria uma irresponsabilidade especular sobre cenários", declarou o ministro da Presidência.
PMF.
Tantos maus contra um imaculado! A coisa mais ridicula que ja vi na minha vida.
ResponderEliminarTimor e o Alkatiri e o resto e paisagem.
Alkatiri andou 24 anos a lutar no mato para conquistar a independencia. Chora e sofre pelo povo que jurou defender e soube defender ate a morte. Viu muitos dos seus companheiros tombar ao seu lado e as inumeras dificuldades que atravessou no seio do solo sagrado de timor aprendeu a ser democratico e amante da paz. Isto tudo mereceu-lhe a confianca do seu povo que jamais o abondonara. Foi preso pelo barbaro invasor e ainda na prisao nunca traiu a sua patria. Soube sempre ser fiel ao pedido que o seu povo outora lhe tinha feito em solo patrio. Continua a luta Alkatiri porque es a chama do povo massacrado.
viva mari alkatiri.
Comandante em chefe da Fretilin