Díli, 16 Jun (Lusa) - A entrega de armas pelos militares rebeldes timor enses vai afinal ser feita directamente aos militares australianos e não a Xanan a Gusmão, ao contrário do que tinha sido referido à Lusa por fonte do gabinete d o Presidente da República.
A alteração de planos foi comunicada à Lusa pelo porta-voz do President e, Agio Pereira, que acrescentou que Xanana Gusmão enviou uma carta aos rebeldes para que entregassem as armas aos militares australianos.
A primeira informação de que Xanana Gusmão se deslocaria a Maubisse for a comunicada à Lusa por fonte do gabinete do chefe de Estado.
Entretanto, hoje de manhã (hora local), o comandante das forças austral ianas, brigadeiro Mick Slater, confirmou à imprensa que a entrega de armas começ aria em Maubisse, a cerca de 60 quilómetros da capital timorense.
"Esperamos receber entre 40 a 50 armas", acrescentou o brigadeiro Slate r.
O militar australiano disse ainda não saber ao certo o número de armas em poder dos militares rebeldes, distribuídos por bases em Gleno e Maubisse.
"Acredito que nem ao longo da minha vida todas as armas que existem em Timor-Leste, possam alguma vez vir a serem recolhidas. Mas confio na boa fé das pessoas", vincou.
O início da entrega das armas tinha sido anunciado quinta-feira por Mar cos Tilman, outro oficial rebelde, e confirmado pelo comandante das forças austr alianas.
O anúncio foi feito cerca de 24 horas depois do Presidente Xanana Gusmã o ter proclamado, em mensagem ao Parlamento, que tinha chegado a hora de se pass ar à segunda fase da presença das forças militares internacionais no país, com o seu desdobramento para o interior do país.
Este movimento representa a ampliação da missão de manutenção da ordem pública pelos efectivos da GNR, por enquanto circunscritos ao bairro de Comoro.
Efectivos militares e policiais da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, num total de cerca de 2 mil, começaram a chegar no passado dia 25 de M aio a Timor-Leste, correspondendo a um pedido das autoridades timorenses para aj udarem a restabelecer a lei e ordem públicas, face à desintegração da Polícia Na cional e às divisões no seio das forças armadas timorenses.
Quanto ao ex-tenente Gastão Salsinha, porta-voz dos cerca de 600 indiví duos que subscreveram uma petição a denunciar alegadas práticas discriminatórias no seio das forças armadas timorenses, o major Marcos Tilman asseverou que "ele s não têm armas nenhumas".
"Eles não têm armas. Quem as tem somos nós, eu, major Tara e os nossos homens e o grupo do major Alfredo Reinado", acrescentou.
EL/JPA.
"Eles não têm armas. Quem as tem somos nós, eu, major Tara e os nossos homens e o grupo do major Alfredo Reinado"...
ResponderEliminarEsta deve ser para rir!!!
Que eu saiba no dia 28 de Abril elas existiam e eram bem visíveis....