Esta história do "esquadrão" de "ataque" para uns e da "morte" para outros está cada vez mais mal contada e com a versão da Ana Gomes ainda fica mais embrulhada. Porque ela diz que isso à muito se sabia, que várias vezes conversou sobre isso com ministros e com o PM até já à algumas semanas, pela última vez.
Presumo que com o amigo Xanana até já à anos teria conversado… Como se compreende então o invocado “choque” do PR que o levou logo após a reportagem da “Four Corners” da ABC a mandar a cassete acompanhada da carta “ou sais tu ou saio eu?
É que não existem choques ao retardador! E assim, com a ajuda da Ana Gomes lá se vai o alibi do Xanana...
O controverso procurador Longuinhos
ResponderEliminarA investigação internacional sobre os alegados crimes cometidos por Rogério Lobato, enquanto ministro do Interior de Timor-Leste, corre o risco de vir a ser prejudicada pelo próprio procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro, de acordo com fontes ligadas ao processo.
O responsável máximo pelo Ministério Público timorense é visto como uma figura controversa em Dili. Em momentos anteriores à ordem de prisão domiciliária de Rogério Lobato, Longuinhos Monteiro terá demonstrado uma atitude de subserviência em relação ao antigo ministro – apesar de não depender dele formalmente – pondo em causa a sua independência enquanto magistrado.
A delicadeza da situação está a obrigar a que as relações entre a missão da ONU no país – incluindo o seu representante máximo, Sukehiro Hasegawa – e o Ministério Público sejam geridas de forma muito atenta e cuidadosa, sobretudo para evitar fugas de informação comprometedoras.
Longuinhos Monteiro não é um procurador convencional. Ao contrário dos restantes magistrados, costuma andar armado de pistola à cintura, sendo considerado um homem duro e violento. Várias pessoas com quem o Expresso contactou em Dili mencionam o seu desejo em ser o comandante-geral da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) , lugar ainda ocupado por Paulo Martins.
Um episódio recente agravou a apreensão que existe no meio judicial de Dili em torno da sua figura: nas últimas semanas e em duas ocasiões públicas, Longuinhos dez questão de afirmar que matou pessoalmente cinco militares durante o período mais caótico que se viveu na capital de Timor-Leste, entre 22 e 25 de Maio.
O procurador terá disparado contra os elementos das forças armadas depois de o seu carro ter sido atacado e de um dos seus seguranças ter sido morto a tiro.
Micael Pereira, Expresso, 24 Junho 2006
PS: Como já é habitual mais uma vez os compradores do Expresso saíram defraudados. A entrevista a Ana Pessoa não foi publicada na edição impressa, à semelhança da entrevista com o Mari Alkatiri...