PS defende força de interposição da ONU se a situação se agravar
Lisboa, 23 Mai (Lusa) - O secretário nacional do PS para as Relações In ternacionais, José Lello, defendeu hoje a necessidade de uma força militar de in terposição das Nações Unidas caso os conflitos internos se agravem e ponham em p erigo o Estado timorense.
"Se a situação em Timor-Leste evoluir para um clima de perigo da ordem pública, ameaçando a sustentabilidade do Estado timorense, as Nações Unidas deve rão então mobilizar forças de interposição para assegurar a estabilidade do país ", afirmou José Lello à agência Lusa.
Pelo menos três pessoas morreram e nove ficaram feridas em confrontos o corridos hoje nos arredores de Díli entre efectivos das forças de segurança e ho mens liderados pelo major Alfredo Reinado, oficial que comandava a Polícia Milit ar e que a 3 de Maio abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses .
As vítimas mortais são um militar das FALINTIL-Forças de Defesa de Timo r-Leste (F-FDTL), um elemento da Polícia Nacional de Timor-Leste e um dos rebeld es sob o comando do major Reinado.
Um porta-voz do Governo timorense afirmou em Díli que "as forças armada s e a polícia encetaram a perseguição ao grupo liderado pelo major Reinado, com vista à sua detenção".
Na sequência dos incidentes, o Governo australiano reafirmou hoje a sua disponibilidade para enviar uma força de segurança para Timor-Leste, se as auto ridades de Díli ou as Nações Unidas o solicitarem.
Confrontando com os incidentes de hoje nos arredores de Díli, José Lell o referiu que "as Nações Unidas continuam presentes em Timor-Leste" e deverão se r os elementos desta organização a proceder "à necessária avaliação" da situação interna naquele país.
"Só há uma forma de intervir em Timor-Leste: através das Nações Unidas" , defendeu o dirigente do PS (partido no poder), advertindo que, em relação a es te país "independente, Portugal não pode tomar qualquer posição unilateral".
Sobre a situação em Timor-Leste, o primeiro-ministro, José Sócrates, af irmou na semana passada que, "em qualquer circunstância, Portugal ajudará" o pov o timorense.
No entanto, o chefe do Governo português tem também insistido que o eve ntual envio de uma companhia da GNR para Timor-Leste para terá de ocorrer no âmb ito de "um mandato internacional".
"abandonou a cadeia de comando" e "rebeldes" são insinuações que não se compatibilizam com as declarações do Presidente da Républica de Timor Leste quando legitimou a missão do major reinado.
ResponderEliminarQuando se manifestará o Presidente? O seu silêncio é ensurdecedor.
Estará um dos pilares do estado a ceder? Mal a volta...
esta operação das F-FDTL contra o gangue do major Reinado é constitucional?
ResponderEliminarConstitucional? Estás a brincar? Então testemunhas independentes confirmam que os senhores "militares contestatários" dipararam contra militares desarmados e achas que eles deviam ter ido pedir opinião ao Xanana?
ResponderEliminarQuanto ao silêncio do XG... É assim... O presidente continua sem resolver os problemas na sua própria casa (Presidência) mas critica bastante os problemas nas dos outros (F-FDTL e Governo).... Até quando?