quinta-feira, maio 25, 2006

Pormenores da chegada das forças internacionais

Efectivos da GNR vão ficar sedeados em Díli

Díli, 25 Mai (Lusa) - A GNR vai ficar sedeada em Díli, mas com capacidade de intervenção em qualquer ponto do país, segundo documentos a que a Lusa teve hoje acesso e que foram elaborados pelas autoridades timorenses.

Os documentos em questão são os Termos de Referência que enquadram a actuação da força internacional solicitada pelas autoridades timorenses a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia.

Os efectivos da GNR deverão compreender uma companhia, que terá ainda como missão prestar formação à Polícia Nacional de Timor- Leste (PNTL).

No caso dos militares australianos, entre 1.000 e 1.300 efectivos, a sua missão é apoiar as Falintil-Forças de Defesa de Timor- Leste (F-FDTL) nas acções de auxílio à PNTL "na manutenção e restabelecimento da ordem pública".

Os militares australianos ficarão sedeados em Ermera, a sudoeste de Díli.

Os efectivos neo-zelandeses têm igualmente como missão "prestar apoio às F-FDTL", na perspectiva de um trabalho conjunto com a PNTL no patrulhamento da fronteira com a parte ocidental da ilha de Timor.

A sua actuação visa garantir o controlo da fronteira terrestre, presentemente sem efectivos em número suficiente do lado timorense, devido ao abandono dessas posições pela Unidade de Patrulha da Fronteira (UPF), que integra a PNTL.

Finalmente, a Malásia, que anunciou que enviará até 500 efectivos, vai manter em Timor-Leste uma "unidade de defesa especializada na luta anti-subversão", devendo auxiliar a PNTL e, em particular, a Unidade de Reserva da Polícia (URP, uma das forças de elite da PNTL) "nas acções que visem garantir a segurança interna".

Os malaios ficarão sedeados num dos distritos que faz fronteira com o Timor indonésio, designadamente Bobonaro ou Covalima.

Fonte aeroportuária disse hoje à Lusa que os primeiros efectivos militares australianos, em número de 100, deverão chegar a Díli às 13:45 horas locais (05:45 horas de Lisboa), para montar um dispositivo de segurança à volta do aeroporto de Comoro.

Os restantes efectivos chegarão em seguida, mas o apoio logístico, designadamente viaturas e outro equipamento militar, será descarregado no aeroporto de Baucau, devido à incapacidade dos aviões de carga aterrarem no aeroporto da capital timorense por a pista ser de dimensão reduzida.

O aeroporto de Baucau, construído na década de 1950, possui uma pista com cerca de 3.000 metros, onde podem aterrar aviões de grande porte.

Baucau situa-se a cerca de 130 quilómetros a leste de Díli.

Após vários confrontos entre as forças de defesa e grupos de

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