2006-05-25, 14:52
Lisboa, 25 Mai (Lusa) - O chefe da diplomacia portuguesa, Diogo Freitas do Amaral, elogiou hoje "o alto sentido de responsabilidade e o sangue frio" dos polícias portugueses ao serviço da ONU em Timor-Leste que hoje de manhã estiveram debaixo de fogo.
"O ministro dos Negócios Estrangeiros quer sublinhar o alto sentido de responsabilidade e o sangue frio evidenciado pelo subintendente Nuno Anaia, 'número dois' da polícia da ONU, e pelo coronel Fernando Reis, chefe dos observadores militares da UNOTIL", que dirigiu a operação, disse à Agência Lusa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, António Carneiro Jacinto.
Os seis polícias portugueses que integram a missão da ONU em Timor-Leste (UNOTIL) estiveram hoje debaixo de fogo durante uma rendição de polícias timorenses, negociada pelos UNPOL (polícias da ONU), que acabou com vários polícias timorenses a serem mortos no local e dois nas instalações da missão por disparos de efectivos do exército timorense.
No incidente, dois efectivos da força policial da ONU ficaram feridos: um filipino, atingido no abdómen, que deverá ser evacuado para Darwin, norte da Austrália, e um paquistanês, atingido nos dois braços, segundo disse o subintendente Nuno Anaia à Lusa em Díli.
Segundo Hasegawa, os efectivos policiais estavam a sair do quartel acompanhados por elementos da ONU quando ouviram disparos provenientes do grupo de militares das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) no local.
"Penso que um deles era doido", disse.
O número total de vítimas mortais deste incidente ainda não é conhecido, variando entre os 10 indicados por fontes da ONU e os seis avançados por fontes policiais.
MDR/EL/ASP.
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