quarta-feira, maio 24, 2006

Dili vai pedir apoio policial a Portugal e militar à Austrália

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O governo timorense vai pedir apoio "urgente" a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para o envio de polícias e militar es para ajudar a estabilizar a segurança em Timor-Leste, confirmou á Lusa José Ramos-Horta.

Lisboa, 24 Mai (Lusa) - O governo timorense vai pedir apoio "urgente" a Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Malásia para o envio de polícias e militares para ajudar a estabilizar a segurança em Timor- Leste, confirmou à Lusa José Ramos-Horta.

O chefe da diplomacia timorense precisou que o anúncio do pedido será feito hoje à tarde (hora local), num encontro do Presidente da República, Xanana Gusmão, com o corpo diplomático acreditado em Díli, e onde participarão, entre outros, o presidente do Parlamento, Francisco Lu'olo e o bispo de Díli, D. Ricardo.

"Vamos explicar a situação e solicitar apoio internacional de urgência para estabilizar a situação", disse Ramos-Horta que na altura em que falou à Lusa estava reunido com Xanana Gusmão.

"A Portugal pedimos o envio da GNR, à Austrália uma componente militar. Estamos a fazer contactos junto da Nova Zelândia para apoio militar e da Malásia para apoio policial do tipo GNR", afirmou.

Ramos-Horta explicou que o destacamento das forças internacionais ajudará a estabilizar a segurança no país, o que permitirá depois aos líderes políticos que "estabilizar a situação política".

"Não acreditamos que haja necessidade de essas forças entrarem em combate. No caso da GNR é uma força muito estabilizadora que permitirá assim ao Presidente da República, com o apoio da Igreja, fazer negociações para solucionar a crise política", disse.

Relativamente à força militar australiana, disse, "terá meios logísticos e será robusta, mas não excessivamente grande".

José Ramos-Horta estima que a força militar seja composta por "não mais do que um batalhão" e as forças policiais, de Portugal e da Malásia, "ao nível de uma companhia".

O chefe da diplomacia confirmou que há relatos de tiroteios em vários pontos nos arredores da cidade, não havendo para já um balanço de vítimas.

O pedido de Ramos-Horta surge horas depois de ataques às primeiras horas da manhã (hora local) contra o quartel-general das F- FDTL, em Taci Tolo, a oeste de Díli.

Entretanto, residentes em Díli disseram hoje à Lusa que se ouvem disparos na estrada para Aileu, na saída sul de Díli, no segundo foco de combates depois do ataque ao quartel-general das forças armadas timorenses.

A fonte contactada pela Lusa indicou que vários homens, alegadamente da facção rebelde, "estavam a efectuar disparos" cerca das 14:30 (06:30 em Lisboa) .

A estrada para Aileu conduz à zona de Marabia, onde se situa a residência do comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), brigadeiro-general Taur Matan Ruak.
ASP.

2 comentários:

  1. GOSTAVA MUITO MAIS QUE VIESSEM APAGAR ESTE FOGO OS BOMBEIROS (PORTUGAL E MALASIA) DO QUE AQUELES QUE AJUDARAN A INCENDIAR (LEIA-SE AUSTRALIA)

    ResponderEliminar
  2. exactamente, mas deve ser a diplomacia que assim o exige. (ás malvas mais a diplomacia)

    ResponderEliminar