domingo, maio 28, 2006

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"Daqui a pouco, quando for manhã em Portugal, junta-se em Tomar o, assim designado, "37º Encontro Nacional de Expedicionários a Timor". Há, pois, 37 anos que o fazem, sempre com Timor no coração e um brilho maubere nos olhos.

Como será, este ano? Por mim, que, depois da primeira vez, em 1971, voltei a Timor por mais duas vezes, a última das quais para lá trabalhar entre Novembro de 1973 e Novembro de 1974, bem gostaria de poder transmitir aos meus companheiros daquele encontro, uma palavra de esperança. Mas essa palavra tem de vir de Timor.

Sei que é difícil nas condições actuais. Também não sei quem é o/a "Malai Azul". Mas seja quem for, talvez possa pedir aí que nos enviem a tal palavra de esperança. Uma vez mais, a vida timor, impõe que se recorde o último verso do soneto Pátria, de Xanana:

"Pátria... é do futuro a esperança!". Eu sei que já correu sangue demais. Eu sei que se acumularam outras raivas difíceis de conter. Eu sei que há sempre montanhas para esperar um tempo nem sempre bom.

Eu sei que o que é hoje oeste, amanhã poderá ser leste. Mas, ao lado das armas estranhas e dos interesses alheios, é preciso que chegue uma palavra de esperança. Meus queridos irmãos timorenses! "

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