Díli, 28 Mai (Lusa) - A equipa da GNR que vai avaliar as necessidades para a instalação, a partir da próxima semana, de uma companhia daquela força militarizada em Díli, chegou hoje à capital timorense.
Os três elementos da GNR, que se escusaram a prestar declarações à Lusa, chegaram à capital timorense acompanhados de mais oito agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE), da PSP, para reforçar os oito que já se encontram em Díli há três semanas.
Os oito elementos dos GOE têm garantido o reforço da segurança nos bairros da Vila Verde e da Cooperação, onde estão alojados cooperantes portugueses, incluindo professores.
A sua missão compreende ainda a protecção dos cidadãos portugueses que, residindo nos bairros mais afastados do centro da cidade e que têm sido palco desde quarta-feira de violentos confrontos entre grupos de civis com armas de fogo e armamento tradicional, solicitam protecção e evacuação para áreas mais seguras.
A agência Lusa testemunhou hoje duas bem sucedidas operações de evacuação de dois cidadãos portugueses residentes em Aimutin, bairro onde a presença das forças internacionais é nula, deixando o campo aberto a grupos, aparentemente descontrolados, que incendeiam casas e viaturas.
Ao final da manhã, os armazéns situados nas traseiras do Tribunal Regional de Díli e do Ministério da Agricultura, no bairro do Fomento, foram saqueados, com muitos timorenses a aproveitarem para se apropriarem dos mantimentos, designadamente arroz, que aí se encontravam armazenados.
A situação em Díli ao princípio da tarde voltou a caracterizar- se pela repetição de actos de vandalismo e saque, sem que as forças internacionais interviessem, nos bairros de Balide, Bécora, Comoro e Bidau, com civis a dispararem armas de fogo e a incendiarem casas.
Devido ao encerramento do comércio e de dois dos três maiores supermercados de Díli, começam a escassear alimentos e água potável.
O único supermercado que ainda funciona, o Landmark, apenas deixa entrar cerca de 10 clientes de cada vez, por uma porta das traseiras.
O combustível começa também a escassear, devido à continuação do encerramento das bombas de combustível existentes.
EL.
Tá aí alguém que empreste o telemóvel ao comandante da GNR para ele telefonar para cá a pedir para irem todos o mais rápido possível?
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