Díli, 25 Mai (Lusa) - O acordo que define a colocação e a missão dos militares australianos em Timor-Leste, no quadro de uma força internacional, será assinado ainda hoje, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense.
José Ramos Horta falava à Lusa no final de uma reunião no aeroporto, em que participaram a embaixadora da Austrália em Díli, Margareth Towmey, e o vice-comandante das forças de defesa australianas, tenente-general Ken Gillespie.
"Nesta reunião não decidimos nada. Fiz apenas um resumo sobre a situação política e a situação de segurança. Agora vamos ver o Presidente (Xanana Gusmão), depois vamos ver o primeiro-ministro (Mari Alkatiri) e o brigadeiro-general Taur (Matan Ruak, comandante das forças armadas timorenses)", disse.
"Ao fim da noite, depois de falarmos com todas estas entidades que referi, vamos então assinar o acordo", frisou.
O acordo define a modalidade de intervenção das forças australianas, designadamente a sua colocação e mandato.
Sobre a alegria com que os timorenses receberam no aeroporto de Díli o avião da Real Força Aérea Australiana com os primeiros efectivos australianos, Ramos Horta disse que esse sentimento é de âmbito nacional.
"Todos nós estamos muito, muito contentes. Mas também muito tristes porque foi preciso vir uma força internacional", concluiu.
A força avançada australiana é composta por 50 comandos, apoiados pela fragata HMAS Adelaide, que se encontra ancorada ao largo do porto da capital timorense.
Os primeiros efectivos da Malásia, país que se comprometeu a enviar até 500 homens, deverão chegar ao aeroporto de Díli à meia- noite (hora local).
As autoridades timorenses solicitaram igualmente a participação de Portugal e da Nova Zelândia na força internacional.
EL.
Sem comentários:
Enviar um comentário