tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post6080659424763565672..comments2024-03-24T18:22:40.376+09:00Comments on Timor Online - Em directo de Timor-Leste: Generals and the 'invention of tradition'Unknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-80911365579117743932008-05-09T02:41:00.000+09:002008-05-09T02:41:00.000+09:00This Santoso is a creep. Indonesia owes Wiranto th...This Santoso is a creep. Indonesia owes Wiranto the democracy and relative freedom it enjoys today. Suharto gave him full powers to rule the country. If he had done so a blood bath and God knows what else would have wiped the country and I'm sure vomits like this Santoso would have been killed. But Wiranto is a good man and a good leader. He thought of the people and and chose moderation. The result was that everything fell on him as if he was a monster, responsible for all bad things that happened and the rest of the things invented by interested parties. I wonder how many men all over the ages had all the power and refused to use it? And he's right about his criticism on the human rights investigation: it's a political weapon used against him, so it's the State abusing one individual, isn't it Santoso idiot? As for him begging Xanana to avoid a INternational Court that's more than risible: just ask Xanana. There was never a chance of such a Court existed as Australia and the USA would have to face trial for supporting Indonesia, not to mention Falantil and Xanana himself. You people do Timor a favour and avoid activists like this Santoso for the sake of reason, sense and justice.<BR/>Victor V<BR/>(Lisbon, Portugal)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-8040739011496490932008-05-07T00:07:00.000+09:002008-05-07T00:07:00.000+09:00Tradução:Os Generais e a 'invenção da tradição' Th...Tradução:<BR/>Os Generais e a 'invenção da tradição' <BR/>The Jakarta Post<BR/>Opinião<BR/>Maio 06, 2008<BR/><BR/>Aboeprijadi Santoso, Jacarta<BR/><BR/>O General Wiranto na reforma, apoiado por centenas dos seus colegas, com efeito pediu impunidade por violações de direitos humanos ao afirmar que a missão deles era manter o estado unitário da Indonésia.<BR/><BR/>Reformado ou não, basicamente os generais entendem o trabalho deles como uma missão sagrada concedida aos que estão prontos para se sacrificarem a bem da nação. Por conseguinte, isso está a ser usado para os safar de qualquer acusação de abuso. É uma herança chave dumas forças armadas politicizadas promovida durante a Nova Ordem, ainda bem viva hoje.<BR/><BR/>Wiranto, profundamente preocupado com a investigação da comissão HAM de Komnas do estado dos direitos humanos às atrocidades do passado, persuadiu o Ministro da Defesa Juwono Sudarsono a resistir a Komnas e pede aos generais para não responderem às chamadas de Komnas. Mas o chefe militar disse que isso deixou de ser assunto das forças armadas, deixando-os a responderem como cidadãos individuais. Agora, cerca de 600 generais urgiram a Komnas para parar a sua investigação enquanto argumentam, como Juwono, que as chamadas de Komnas são inconstitucionais.<BR/><BR/>É de perguntar porque é que os generais reformados se comportam como se fossem quase um partido político: mobilizando amigos e camaradas, procurando apoio ministerial e exercendo pressão. Uma geração de oficiais, cujas carreiras cresceram durante a era da Nova Ordem, está unida para defender colegas mais jovens em questões – casos de direitos humanos – com que eles próprios nunca tiveram de lidar. Podem ter algum conhecimento dos casos, mas não têm qualquer familiaridade com o conceito de direitos humanos dado que as suas opiniões são inevitavelmente induzidas pela cultura política da Nova Ordem.<BR/><BR/>Wiranto, por exemplo, virou a mesa quando negou violações de direitos e perguntou "e então os meus direitos humanos?" -- interpretando de modo incorrecto assim o princípio universal em questão, que é acerca das acções do Estado contra populações desarmadas, não cidadãos individuais vis a vis colegas cidadãos.<BR/>O caso ilustra também como a herança de abusos do passado os afectou gravemente – aspirando, mesmo assim alguns à presidência.<BR/><BR/>Porque, não é a primeira vez que procuraram intervir politicamente. Em final de 1999, quando Timor-Leste se movia para a independência, segundo relatos Wiranto abordou Xanana Gusmão e pediu-lhe que o ajudasse a prevenir a constituição dum tribunal internacional tribunal. Tiveram sucesso e a maioria dos indiciados pela violência de 1999 estão desde então promovidos e foram inocentados.<BR/><BR/>Entretanto, é importante anotar que a reunião de centenas de generais reformados, a primeira deste género em anos, que incluiu muitos alegadamente envolvidos em vários abusos no passado, afirmaram que não podiam ser acusados visto que desenvolviam a missão do Estado de manter a integridade do Estado unitário (NKRI).<BR/><BR/>Este pretexto tem sido usado demasiadas vezes; é um lema, se se quiser, para justificar incidentes violentos envolvendo civis. Isso quer dizer que a missão deve ser conseguida a qualquer custo. Como a natureza da missão foi tornada sacrossanta, isso, para os soldados, torna aceitável sob o ponto de vista político e conveniente na prática, ignorarem os direitos das populações locais apanhadas em situações de conflito.<BR/><BR/>Qualquer observador perto das guerras em Timor-Leste e Aceh pôde testemunhar que confrontos que resultaram em baixas nas forças armadas eram geralmente seguidos por punições colectivas de mão pesada em aldeias que alegadamente apoiavam rebeldes. É uma armadilha comum em guerra de guerrilha, que as unidades das forças armadas podiam também atacar arbitrariamente uma comunidade de militantes, crentes pobremente armados como parece ter acontecido no caso Talangsari em 1989.<BR/><BR/>Mas, vista do centro, a operação deve ser eficaz e o risco assumido dado que a revolta deve ser esmagada. A natureza da doutrina era tal que as próprias iniciais da missão -- "NKRI" (o Estado unitário) – se tornou uma ladainha legitimizadora.<BR/><BR/>Os políticos Indonésios gostam de ladainhas. Costumámos ter uma “revolução” que nunca acabava para justificar mobilizações em massa para propósitos do Estado. Depois, vimos a Nova Ordem impondo a sua própria versão de filosofia estatal da Pancasila de modo a reforçar a hegemonia do Estado. Ambos clamavam que esses símbolos e valores faziam parte da continuidade com o passado, e usavam-nos como ladainhas.<BR/>Abdurrahman "Gus Dur" Wahid está a fazer o mesmo nos dias de hoje. Enfrentando conflitos internos no PKB, o seu partido político, disse que deixou "Kyai Langitan", um grupo de idosos que afirmava o tinham instruído para concorrer a presidente em 2004, e virou-se para cinco grandes Kyais.<BR/><BR/>Símbolos tradicionais são usados, mesmo recriados para enfrentar novos desafios. O historiador Erich Hobsbawm considera tais coisas cruciais e inventou o termo "a invenção da tradição".<BR/>Soeharto e os seus generais, também, procuraram a continuidade inventando a “tradição” ao seu estilo. A ladainha "NKRI", contudo, é um conceito corrupto da ideia de unidade como foi idealizada quando a nação lutou pela independência.<BR/><BR/>Parece que esquecemos que os nossos Pais Fundadores Sukarno e Muhammad Hatta,e as gerações de 1930s a 1960s, falavam consistentemente de "persatoean" (unidade) em vez de "kesatuan" (unidade indivisível). A última, o "K" de NKRI, parece uma versão militarizada que se refere ao significado de "unidade" nos termos das forças armadas. Lembremo-nos: mesmo depois do tsunami devastador e da guerra civil em Aceh, o slogan chave em Meulaboh era: "Amamos a paz, mas acima de tudo, amamos a unidade".<BR/><BR/>A transformação semântica da Nova Ordem foi descartada durante demasiado tempo, e ao fazermos assim, tendemos a esquecer que isso enfatizou a unidade militarizada e centralizada à custa da diversidade e interesses regionais.<BR/><BR/>Explorar o conceito unitário como ladainha política independentemente da situação local não apenas arrisca maior ressentimento e maiores custos humanos quando se chega à retaliação, mas pode a longo prazo ameaçar a mesma integridade do Estado que as forças militares querem manter. Aqui a revolta de Aceh (1976-2005) é um caso a apontar. Muhammad Hatta, apontando a um tal potencial, avisou-nos que "persatoean" não se deve transformar em "persatean" (banho de sangue).<BR/><BR/>O autor é jornalista.Anonymousnoreply@blogger.com