tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post496004694756799907..comments2024-03-24T18:22:40.376+09:00Comments on Timor Online - Em directo de Timor-Leste: Unknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-62080483886566634892008-05-30T07:21:00.000+09:002008-05-30T07:21:00.000+09:00"Timor leaders once had antipathy for Asean"Não es..."Timor leaders once had antipathy for Asean"<BR/><BR/>Não esqueçamos que a grande maioria desses países foi cúmplice da ocupação indonésia de Timor.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-39875375114210749892008-05-29T08:49:00.000+09:002008-05-29T08:49:00.000+09:00Tradução:UNMIT Revista Diária dos Media - 28 Maio...Tradução:<BR/>UNMIT Revista Diária dos Media - 28 Maio 2008<BR/>(Relatos de notícias internacionais e extractos de media nacionais. A UNMIT não garante a correcção destes relatos)<BR/><BR/>Ministério da Justiça: o Governo não precisa de relatar ao PN acerca das suas recomendações – Diario Nacional and Televisaun Timor-Leste<BR/><BR/>A Ministra da Justiça Lúcia Lobato disse que o Ministério da Justiça não precisa de notificar o Parlamento Nacional sobre o que recomendaram ao presidente.<BR/><BR/>A Ministra Lúcia Lobato disse que a Constituição não diz que o Presidente tem de informar o Parlamento Nacional antes de perdoar os presos.<BR/><BR/>“Todos nós sabemos, especialmente os deputados, conhecemos as obrigações em todas as instituições do Governo baseadas na Constituição.<BR/><BR/>Qual é a autoridade do Parlamento, a autoridade do Governo, a autoridade do Presidente e a a autoridade dos Tribunais? Cada instituição tem a sua área de autoridade para desenvolver como a constituição do Estado.<BR/><BR/>Em conexão com o perdão dos presos pelo Presidente, particularmente os deputados querem saber acerca do preso Rogério Lobato. Penso que a Constituição não diz que quando o Presidente quer perdoar presos que deve informar os deputados do Parlamento Nacional.<BR/><BR/>Se isso está escrito na Constituição, peço humildemente aos deputados para me mostrarem o artigo,” disse a Ministra Lobato.<BR/><BR/>Disse ainda que o Ministério da Justiça ainda não recebeu informações do presidente sobre a doação de perdões aos presos dado que o caso está a ser levado a tribunal.<BR/><BR/>ASDT retira-se da AMP – Timor Post, Suara Timor Lorosa’e, Diario Nacional, Radio Timor-Leste e Televisaun Timor-Leste <BR/><BR/>A Associação Social Democrática Timorense (ASDT) decidiu retirar-se da Aliança da Maioria no Parlamento (AMP) na Terça-feira (27/5), dizendo que o partido ainda não recebeu nenhuma resposta do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão sobre os seus pedidos.<BR/><BR/>O Presidente da ASDT Francisco Xavier do Amaral afirmou que a ASDT já não faz mais parte da AMP. Quaisquer dificuldades que as pessoas enfrentem podem ser dirigidas directamente ao CNRT, PD e PSD.<BR/><BR/>Antes a ASDT tinha proposto ao Primeiro-Ministro Xanana Gusmão remover o Ministro do Comércio e Turismo Gil da Costa Alves e o Secretário de Estado do Ambiente Abilio Lima dos seus postos. A ASDT pediu ao Primeiro-Ministro para colocar membros da ASDT tanto quanto possível no papel de embaixadores, administradores de distrito e sub-distrito em áreas onde o partido recebeu a maioria de mais votos nas eleições parlamentares .<BR/><BR/>“Até agora não tivemos nenhuma resposta do Primeiro-Ministro. Tais dinâmicas políticas podem ter um forte impacto na crise económica do país e as pessoas perderão confiança na AMP,” disse o Presidente da ASDT Xavier do Amaral na Terça-feira (27/5) em Lecidere, Dili.<BR/><BR/>O Sr. Xavier disse que a vida das pessoas está a ficar mais difícil dado que o grande orçamento do Estado aprovado pelo Parlamento Nacional ainda não alcançou as pessoas.<BR/><BR/>“A começar hoje (27/5), declaramos directamente ao povo que tudo o que acontecer de errado é da culpa da AMP. Peçam apenas ao CNRT, PD e PSD. A ASDT já não tem nenhuma responsabilidade pelas decisões do Governo da AMP,” disse ele.<BR/><BR/>O Presidente da ASDT Xavier do Amaral disse ainda que está preocupado com algumas das afirmações dos seus membros que querem ficar como deputados independentes no parlamento.<BR/><BR/>“Eu (Xavier) peço a eles membros da (ASDT) para respeitarem os votos dos apoiantes da ASDT quando tomarem decisões. Os deputados têm direitos e numa democracia podem fazer isso. Mas eles não foram votados pelo parlamento/governo. Eles foram escolhidos pelos apoiantes da ASDT para assumirem um lugar no parlamento, assim eles devem seguir a ASDT. Eles são livres de discutir o que quiserem mas nós na ASDT não os encaramos como membros da ASDT e as suas afirmações não são consideradas como representando o partido,” disse Xavier.<BR/><BR/>Um outro membro da ASDT no PN , João Manuel Carascalão disse que como deputado continuará a apoiar o Governo da AMP.<BR/><BR/>“Como deputado, tenho consciência moral e uma grande responsabilidade de servir a comunidade e o Estado, não apenas o partido.<BR/><BR/>No parlamento, somos os representantes da comunidade, não apenas representantes do partido,” disse o Sr. Carrascalão.<BR/><BR/>Com outros deputados da ASDT, o Sr. Carrascalão disse que não estão preocupados com a decisão da ASDT sobre eles.<BR/><BR/>PNTL violações de direitos humanos contra o povo continuam a ocorrer – Televisaun Timor-Leste <BR/><BR/>Uma vitima de violação de direitos humanos, Silvina Assunção de Jesus relatou ontem (27/5) o seu caso aos Comités A e B no Parlamento Nacional . Silvina disse que o seu caso ocorreu quando membros da Task Force os forçaram a sair do sítio onde estavam. Nessa altura, os membros da Task Force destruiram o quiosque da vítima, causando-lhe danos de aproximadamente US$200. A Srª Silvina está a pedir que o Governo a indemnize das suas perdas.<BR/><BR/>Numa matéria separada, o Chefe de Aldeia de Caicoli, Tomás Jose Gonçalves disse que o Governo devia informar a autoridade local na comunidade antes de mandar a população ir viver para lá.<BR/><BR/>“Se o Governo quer re-assentar parte da população em qualquer lugar na comunidade, tem de fazer um acordo ou ter um diálogo connosco antes para podermos estar em alerta e prevenir quaisquer distúrbios. Também, podemos saber se essas pessoas têm casas próprias ou não ”, explicou Tomas.<BR/><BR/>Em resposta a este caso, o Presidente do Comité A, Antoninho Bianco disse que tinha instruido a vítima para reportar o incidente à PNTL de modo a investigarem os membros que torturaram a população.<BR/><BR/>“Ontem alguns dos membros da Task Force torturaram uma vítima em Caicoli. Em relação a isto, contactámos directamente a PNTL e pedimos-lhe para juntarem evidência da vítima para investigarem correctamente todas as partes envolvidas. Contactámos também o Provedor dos Direitos Humanos e pedimos-lhe para também juntarem evidência da vítima, para que se a PNTL não seguir este caso, o Provedor de Direitos Humanos possa apresentar este caso ao Procurador-Geral para ser investigado”, confirmou Bianco.<BR/><BR/>O Comandante do Comando da Operação Conjunta Filomeno Paixão disse que o COC tomou medidas relativas a violações de direitos humanos que foram alegadamente cometidas por membros das F-FDTL durante as suas operações de campo. De acordo com Filomeno, 73 casos foram identificados até agora - 39 dos casos foram cometidos pelas F-FDTL e os outros 34 foram cometidos pela ONU. <BR/><BR/>Ministério das Finanças vai apresentar relatório de auditoria – Televisaun Timor-Leste<BR/><BR/>A Ministra das Finanças Emília Pires disse que o relatório da auditoria interna ao antigo Governo está pronto para ser apresentado ao parlamento.<BR/><BR/>“Conforme discutido com os auditores, o processo de auditoria geralmente demora muito tempo para estar completo dado que eles conduzem a auditoria unidade a unidade. O relatório tem sido preparado e precisa ainda de algum trabalho dado que o governo anterior não tinha um bom sistema.<BR/><BR/>Não há arquivo de documentos e de auditoria e é difícil encontrar os arquivos de auditoria,” disse a Ministra Emília.<BR/><BR/>Fretilin-PUN: descontentes com o plano do PN de comprar 65 carros para deputados – Timor Post<BR/><BR/>Deputados do PUN e Fretilin reagiram fortemente ao plano do Parlamento Nacional para comprar 65 carros novos [Toyota Prado] para os 65 deputados no parlamento. De acordo com a PUN-Fretilin, é inconstitucional prosseguir com este plano enquanto o povo está a sofrer.<BR/><BR/>O deputado da Fretilin Aniceto Guterres disse que inicialmente a Fretilin não aceitou o plano de compra de carros para os deputados quando o posso está com fome devido à crise alimentar. <BR/><BR/>“Concordo que o parlamento precisa de carros para desenvolver avaliações e outras obrigações, mas não carros para todos os deputados,” lamentou o Sr. Guterres.<BR/><BR/>A deputada do PUN Fernanda Borges disse que o seu partido está no parlamento para representar o povo e que está contente com os US$10 por dia. Não há necessidade alguma de carros dado que os carros saem caro e vão pôr muita pressão no orçamento do Estado.<BR/><BR/>“Para mim este é um passo sério que o Estado toma. Se os carros forem comprados para os deputados correntes então os próximos deputados vão também precisar de carros como nós agora,” questionou a Srª Borges. <BR/><BR/>A Vice-Presidente do Parlamento Nacional Maria Paixão disse que os carros vão ser comprados para facilitar o trabalho dos deputados e podem ser vendidos a um preço mais baixo.<BR/><BR/>UNDP descobre "Não má intenção" para o dinheiro que foi pedido a Herfkens para devolver, Acusação negada – Inner City Press [na ONU: News Analysis], 27 Maio<BR/><BR/>Deputados Holandeses estão a pedir que Evelyn Herfkens, que recebeu $7000 por mês de renda do governo dela enquanto trabalhava apenas para o Programa de Desenvolvimento da ONU, reponha o dinheiro. Isto, apesar duma carta da semana passada de Kemal Dervis da UNDP, numa tentativa de branquear o escândalo.<BR/><BR/>Dervis reconhece que foi entregur a Herfkens uma cópia das regras que ela rompeu e os governos são obrigados a conhecer essas regras. Mas ele conclui, sobre bases que não estão claras, que não houve intenção de quebrar a lei, nenhuma "má-intenção."<BR/><BR/>Assim $280,000 em dinheiro ilegalmente recebido pode ser mantido? De vez em quando a ONU fala acerca de impunidade. Mas o UNDP, mesmo quando administradores seus admitem que houve regras quebradas, tenta promover a impunidade.<BR/><BR/><BR/>Dervis do UNDP armadilha a questão, e respostas a Herfkens $ PRO-FIT e Zimbabwe não mostradas<BR/><BR/>Similarmente em Timor-Leste, o UNDP continua a pagar a Roque Rodrigues, o antigo ministro da defesa que a comissão de inquérito da ONU disse que devia ser processado por ter entregue armas a multidões. Em 22 de Maio, o UNDP respondeu parcialmente a estas questões colocadas em 14 de Maio:<BR/><BR/>Está o UNDP a pagar o salário de Rodrigues?<BR/>Diz que Rodrigues "não tem qualquer estatuto na ONU." <BR/><BR/>O que é que quer dizer; ele está contratado, certo? <BR/>Não é esse o estatuto dele – ele tem um contrato SSA com o UNDP? Ou está-se a referir a privilégios e imunidades que ele não tem um tal estatuto, dado que ele é um contratado?<BR/><BR/>O Governo de Timor-Leste pediu especificamente que o UNDP contratasse o Sr. Rodrigues como consultor?<BR/><BR/>Se sim, que entidade oficial fez esse pedido?<BR/><BR/>O UNDP respondeu que "qualquer pessoa com um contrato SSA/consultor tem apenas imunidade funcional por isso o seu estatuto ONU não tem qualquer influência ou qualquer potencial desenvolvimento legal em Timor Leste relacionado com desenvolvimentos antes da sua contratação com a ONU.<BR/><BR/>De facto, a única imunidade que ele pode ter tem a ver em ser membro do Conselho de Estado. Levantar isso requer uma decisão do Presidente do país. O SRSG já falou com o Presidente acerca disso que confirmou que o faria.<BR/><BR/>A ONU em Timor-Leste continua a apoiar o trabalho da Comissão de Inquérito e está comprometida pela total responsabilização de todos cujos nomes e relatório nomeia."<BR/><BR/>Em 22 de Maio, Inner City Press fez ao UNDP algumas perguntas, algumas das quais até agora foram respondidas como se anota em baixo:<BR/><BR/>Q: O que é que aconteceu a uma prometida investigação pela OAPR da entrega sem concurso pelo UNDP de contratos a uma firma chamada PRO-FIT? <BR/><BR/>Na altura, o UNDP prometeu uma investigação própria, alguma vez a fez? <BR/>Vai o UNDP torná-la pública? Até agora não respondido.<BR/>O UNDP afirmou há um par de meses atrás que investigações internas e uma investigação ao Kimberly Process tinha elibado o UNDP de qualquer má conduta no Zimbabwe, relativo a apoioo do UNDP a Operação de Mineração de Diamantes. <BR/><BR/>Mas o UNDP recusa tornar públicas as investigações.<BR/><BR/>Em que base o UNDP não partilha cópias desses relatórios da investigação: O UNDP emitirá os relatórios? Até agora não respondido.<BR/><BR/>Q: O UNDP contratou consultores cujas responsabilidades incluem monitorizar computadores e comunicações de pessoal e outros consultores? Se sim, sabem os S. Dervis e/ou Sr. Melkert desta monitorização, e foi-lhes dada qualquer informação que é recolhida? O UNDP ou esses consultores monitorizam os computadores ou comunicações do Independent Review Panel?<BR/><BR/>Parcialmente respondida: “Na questão da monitorização, o UNDP não tem consultores ou empregados ou ninguém "cujas responsabilidades inclua a monitorização de computadores e comunicações de empregados e outros consultores." (Para usar as suas palavras). Nós, obviamente, não estamos de qualquer modo ou forma a monitorizar os computadores do Independent Review Panel. Francamente, alegações que o UNDP se envolveria em tais práticas são simplesmente ilógicas."<BR/><BR/>Veremos.<BR/>Q: Para além do UNDP, que tal sobre a pergunta da ONU pedir carta para acreditação duma media do país da missão?<BR/><BR/>Respondida desta forma: "Foi avisado que para acreditações normais as missões não se devem envolver. Contudo, elas envolvem-se quando entidades oficiais de topo em visita viajam com grupos de media. Nestes casos, a missão enviará à Unidade de Acreditação de Media da ONU e à Unidade de Ligação uma lista de jornalistas que precisa de obter passes de um ou dois dias."<BR/><BR/>Temos menos certeza desta última resposta, dado que a vários jornalistas foi pedido para obterem cartas das missões dos países para a UN Developing.<BR/><BR/>Forças Armadas de Timor-Leste nega queixas de abusos – BBC News, 27 Maio <BR/><BR/>Ao pôr do sol, a envolvente linha de costa de Dili ecoa o eco dos sons da cidade : os vendedores de snacks e cigarros; a música metálica dos bares de donos estrangeiros; a repartição da motorizada ocasional ao longo da estrada da praia.<BR/><BR/>Uma pessoa pergunta-se como é que tudo isto soa a Gastãoo Salsinha, preso numa casa dos militares.<BR/><BR/>Durante dois anos os sons com que adormeceu eram os da selva montanhosa onde se escondia com os seus homens – quase 600 deles, antigos soldados cujo despedimento das forças armadas levou a um episódio de violência política.<BR/><BR/>A queixa deles – que as forças armadas discriminavam contra os do oeste do país – abriram velhas feridas na capital entre Timorenses dos distritos do leste e os do oeste.<BR/><BR/>Foi enquanto se processavam negociações para resolver esta disputa em Fevereiro que alguns do grupo lançaram um duplo ataque contra o presidente e o primeiro-ministro.<BR/><BR/>Agora o Sr Salsinha e outros suspeitos de envolvimento nesse ataque estão em custódia em Dili.<BR/><BR/>Mas depois de dois anos de falhanço para os apanhar, como é que as forças armadas de Timor-Leste os trouxeram para a capital sem disparar um tiro?<BR/><BR/>Comando conjunto especial<BR/>Filomeno Paixão é o homem responsável da operação; responsável duma unidade criada especialmente combinando as forças armadas e a polícia sob um comando conjunto .<BR/><BR/>Primeiro, contou-me ele, era convicção dele que o Sr Salsinha se renderia se lhe fosse dado a oportunidade certa.<BR/><BR/>As forças armadas tinham passado muito tempo, disse ele, a espalhar a palavra de que não baleariam o Sr Salsinha; e a pedir à comunidade local, sua família, e líderes da igreja para usarem a sua influência com ele .<BR/><BR/>O comando conjunto tem sido elogiado amplamente pelo seu sucesso.<BR/><BR/>Há dois anos atrás, durante a crise que se seguiu ao despedimento dos soldados, as forças armadas e a polícia andaram aos tiros uns contra outros nas ruas de Dili; agora andam em operações psicológicas sensíveis nas áreas rurais de Timor-Leste.<BR/><BR/>“Quando as forças armadas chegaram, juntaram toda a gente e disseram que se os amotinados não se entregassem que nos matariam .”<BR/><BR/>O Comandante Paixão diz que a operação se apoiou na persuasão. Mas alguns próximos da operação dizem que foi mais longe que isso.<BR/><BR/>Aldeias 'ameaçadas'<BR/>A estrada através do interior montanhoso de Ermera eventualmente chega ao fim e para chegar às aldeias visadas pelas forças armadas significa persuadir um carro subir por vias escarpadas de xisto e por caminhos estreitos cobertos de erva.<BR/><BR/>No primeiro sítio onde parámos foi num vilarejo de cultivadores de café. Eles juntaram-se à volta para descrever os efeitos da operação das forças armadas.<BR/><BR/>Disseram-nos que não foram autorizados a ir para os seus campos durante uma semana. As forças armadas ameaçaram que se Salsinha não se rendesse, não colheriam as suas produções, disseram eles.<BR/><BR/>Este é o país do café.<BR/>O café é a principal exportação além do petróleo, e uma linha de vida financeira para as pessoas aqui.<BR/><BR/>De acordo com a ONU, restrições abrangentes como as que eles descreveram seriam ilegais – mesmo durante operações militares.<BR/><BR/>Mas não foi isso tudo o que eles disseram.<BR/><BR/>Um jovem disse-me: "Quando as forças armadas chegaram, juntaram toda a gente e disseram que se os amotinados não se rendessem matavam todos nós."<BR/><BR/>"Isso é verdade," disse o amigo dele.<BR/><BR/>Há outras, muito mais graves, alegações de que se fala, mas ainda sem nenhuma evidência .<BR/><BR/>Espancamentos<BR/>Os rumores viajam depressa em Timor-Leste, e há razões políticas para o povo de Ermera poder querer descredibilizar as forças armadas – este é, no fim de contas um distrito do oeste, e o sítio para onde Salsinha e os outros amotinados escolheram fugir.<BR/><BR/>Mas há também razões, para as forças armadas poderem querer pôr pressão sobre o povo de lá.<BR/><BR/>Numa aldeia vizinha, encontramos o irmão dum dos soldados amotinados que as forças armadas procuravam.<BR/><BR/>Ele disse-me: "Tiraram-me da minha casa e espancaram-me nas costas e estômago, usando as mãos, pés e também armas."<BR/><BR/>"Perguntavam 'Onde está o teu irmão?'Disse-lhes que não sabia, mas espancavam-me na mesma."<BR/><BR/>O chefe desta aldeia contou-nos que havia outros oito desta comunidade que tinham passado pela mesma experiência. De acordo com ele um era uma mulher idosa.<BR/><BR/>Ermera é o local que os amotinados escolheram para se proteger, mas quando falei às pessoas acerca do Sr Salsinha e da sua família, ficaram zangados.<BR/><BR/>'Furioso'<BR/><BR/>"Maluco" e "furioso" são as palavras que usaram.<BR/><BR/>E esse vento gelado chegou à casa da mulher do Sr Salsinha, em baixo, na capital do distrito, Gleno.<BR/><BR/>Durante a operação, disse ela, pessoas locais começaram a emitir ameaças contra a sua família.<BR/><BR/>Esse foi um dos factores – apesar dela dizer que não foi o mais importante – que ajudou a persuadir o marido a render-se.<BR/>O Comandante Paixão nega que as forças armadas maltrataram qualquer civil durante a operação.<BR/><BR/>Ele contou-me que enviou duas equipas para a área para investigar relatos de abusos, mas que se descobriu que nenhum era verdadeiro.<BR/><BR/>Investigações estão também a ser feitas pela ONU e parlamento Timorense.<BR/><BR/>Entretanto, não foi ainda dada uma data para o desmembramento do comando conjunto.<BR/><BR/>Muitos analistas e políticos concordam que são necessárias reformas profundas das forças armadas e polícia de Timor-Leste para evitar crises futuras, mas o sucesso das forças militares em trazerem o Sr Salsinha e os seus homens pode tornar as coisas mais difíceis que fáceis.<BR/><BR/>O Sr Salsinha pode estar de volta à cidade, a sua kostra de forças amotinadas pode estar neutralizada e pode-se pensar que a situação da segurança está mais calma.<BR/>Mas há ainda muitos outros desafios que este país instável tem ainda que responder.<BR/><BR/>Factor político ainda decisivo para a candidatura de Timor à Asean – The Star, 28 Maio<BR/><BR/>Durante o fim-de-semana, o Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta prometeu que o seu país bão “embaraçaria” a Asean como “um caso problemático” como Myanmar.<BR/><BR/>Ele dirigia-se aos media internacionais em Singapura sobre a candidatura de Timor-Leste para se juntar à Asean por volta de 2012. Mas a sua declaração entra em conflito com algumas realidades da Asean .<BR/><BR/>Timor-Leste está entre os países mais pobres na vizinhança. Mas dúvidas acerca do ambiente sócio-político dum membro colega preocupa mais a Asean do que o seu estatuto económico.<BR/><BR/>Visto que o presidente comparou o seu país com Myanmar, que diferenças e semelhanças existem?<BR/><BR/>Como Myanmar, Timor-Leste é rico em recursos naturais que ainda não foram totalmente espremidas. Mas ao contrário deMyanmar com recursos de madeira em redução e pedras preciosas montadas no turismo, Timor-Leste foi favorecido com petróleo e gás que podem atrair contratos estrangeiros lucrativos.<BR/><BR/>Também ao contrário de Myanmar, o jovem governo de Timor-Leste goza de muita boa vontade internacional. Desenvolver a sua economia verá entusiástico apoio internacional, bastante ao contrário de Myanmar.<BR/><BR/>Assim a situação económica de Timor-Leste não está em questão na esperança de se juntar à Asean. Mas como Myanmar, o seu problema é turbilhão político não resolvido de fissuras sociais profundamente instaladas.<BR/><BR/>Ramos-Horta pode dizer que Timor-Leste é democrático, ao contrário de Myanmar, mas o seu país não está a tentar juntar-se à União Europeia. Na experiência dos países da Asean, as maiores prioridades são estabilidade política, segurança nacional e paz social.<BR/><BR/>O problema de Myanmar é que essas prioridades não convergem, e entidades oficiais parecem ainda determinadas em não resolver as raízes do predicamento. Myanmar embaraça, frustra e enerva a Asean não com o atraso económico mas com o subdesenvolvimento político.<BR/><BR/>A estabilidade, segurança e paz de Timor-Leste foram devastadas não apenas com a polícia e militares a lutarem uns com os outros, mas também com grupos de militares em luta quase próximo de guerra civil. Motins que irromperam em 2006 continuaram em 2007, com ataques a ambos o primeiro-ministro e presidente enquanto Ramos-Horta apenas sobreviveu à justa a uma tentativa de assassínio este ano.<BR/><BR/>Nos anos de 1990s, o pedido de Cambodja para se juntar à Asean foi atrasado por causa de lutas interinas. Timor-Leste faria bem em aprender com tais exemplos do passado.<BR/><BR/>Myanmar foi admitida na Asean com o que agora parece ser esperanças ingénuas de Yangon fazer reformas prometidas. Depois da cenoura da entrada na Asean ter falhado, alguns especularam em vão com o pau da suspensão.<BR/><BR/>Os líderes de Timor estão errados se pensam que a pertença à Asean depende do desenvolvimento económico. O ênfase deve ser posto na resolução dos problemas sociais e políticos do país, e não em realizações económicas futuras.<BR/><BR/>O então leste de Timor “deixou” a Indonésia em 1999 e ganhou formalmente a independência em 2002, mas mesmo agora as lutas tribais em Timor-Leste e as rupturas de facções permanecem por resolver. Ramos-Horta disse que 2012 era um alvo para ajudar a apressar esforços de reforma, mas isso não resultará se as prioridades forem erradamente alinhadas para com a economia.<BR/><BR/>As diferenças no desenvolvimento económico entre países da Asean atrasaram a integração e limitaram a eficiência das políticas, mas todas as esperanças de crescimento, investimento e comércio podem ser destruídas com turbilhão político continuado e incertezas graves. Isto é uma realidade básica que todas as nações membros da Asean aprenderam de maneira difícil.<BR/><BR/>Timor-Leste está localizada na região da Asean largamente porque a governação Indonésia se “localizou” ela própria dentro do antigo Timor Português. Antropologicamente e culturalmente, as raízes Austronésias e Melanésias de Timor colocam-no mais distante.<BR/><BR/>Noutros tempos os líderes de Timor tinham antipatia pela Asean, mas isso foi ultrapassado depois do regime de Suharto da Indonésia ter expirado.<BR/>Como uma pequena jovem nação perto de dois gigantes, Indonésia e Austrália, hoje Timor-Leste soberano pode sentir-se mais seguro na Asean baseado na igualdade de direitos dos membros e consenso de grupo.<BR/><BR/>Mas a Asean tem sido sempre acerca de sustentar estabilidade através dum centro de segurança construido em paz fraterna, depois do que pode prosseguir a perspectiva económica desimpedida. Os líderes de Timor precisam de interiorizar esta fórmula para o sucesso da Asean.<BR/><BR/><BR/><BR/>UNMIT MONITORIZAÇÂO DOS MEDIAAnonymousnoreply@blogger.com