tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post4901250020593541106..comments2024-03-24T18:22:40.376+09:00Comments on Timor Online - Em directo de Timor-Leste: Comment: On Timor's hard roadUnknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-28192219.post-85207544795037365882007-11-13T05:44:00.000+09:002007-11-13T05:44:00.000+09:00Tradução:Comentário: na estrada difícil de TimorTh...Tradução:<BR/>Comentário: na estrada difícil de Timor<BR/>The Australian - Novembro 10, 2007<BR/><BR/>Phillip Adams<BR/><BR/>Há muitos Timores-Leste. Aqui, uma cidade Mexicana de fronteira seca e empoeirada. Acolá um Cemitério Boot Hill no topo de um monte, um cenário ideal para um filme de cow-boys spaghetti. Sobe-se a uma pequena aldeia pendurada num cenário como o de Machu Picchu nos Andes. Ou caminha-se duma praia Haitiana directamente para uma selva de Bornéu. Esta igreja é Portuguesa, aquela base militar lembra o Iraque. As ruas que parecem não ter fim de edifícios destruídos lembram Nagasaki.<BR/><BR/>Mas mais que tudo Timor-Leste lembra-me Israel. Uma versão tropical dessa terra prometida. Aqui está por quê. Ambos são relativamente acabados de nascer – Israel há 59 anos, Timor-Leste apenas há cinco. Ambos são absurdamente pequenos. Quando nasceu, Israel tinha 27,000 km2; Timor-Leste ainda mais pequeno com apenas 15,000 km2. Na independência a população de Israel era de 700,000 – cerca da mesma de Timor-Leste quando os Portugueses saíram de Timor-Leste, depois de 25 anos de resistência mataram centenas de milhares, chegou a um milhão. <BR/><BR/>Em ambos os casos, gente determinada enfrentaram diferenças sem esperança contudo aguentaram miraculosamente. Ambos tinham as suas exigências para a formação da nação ratificada relutantemente por uma ONU que achou que toda a confusão era embaraçosa. E ambos estão organizados à volta de religiões que no seu contexto regional, são fortemente anómalas. Ambos estão cercados por vastas populações de muçulmanos. Um é Judeu, o outro Católico. <BR/><BR/>Apesar de toda a sua coesão aparente, ambos são torres de Babel – lugares de complexidade étnica e diferenças linguísticas. Um inimigo comum uniu ambas. Removam essa ameaça e as diferenças internas acalmadas de Israel – entre os judeus Ortodoxos, liberais e seculares, para abridores – intensificar-se-ão. E com os Indonésios a não mais mostrarem interesse por Timor-Leste, as linhas de fractura abriram-se entre o seu povo. <BR/><BR/>Tendo pago um preço tão pesado pelas suas pequenas nações, ambos, Israelitas e Timorenses são claramente formidáveis. Obviamente, os paralelos acabam em termos comparativos de importância internacional e de capacidade militar, com os Timorenses pobres como mais ninguém na Terra. Contudo noutra questão vital assemelham-se aos Israelitas. Toda a gente no país está ferozmente interessado na política. <BR/><BR/>Passei duas semanas em Timor-Leste com Chris Bullock o produtor executivo do Late Night Live da Radio National. Fomos de cidades principais a comunidades remotas na costa e a aldeias no alto de montanhas. Encontrámo-nos com milhares, entrevistámos muitas, regressámos com 16 horas de gravações. As pessoas emergiam das suas casas em forma de cogumelo de bambus e palha para nos contarem as suas histórias, com dignidade, tristeza e raiva. E a conversa era de política. <BR/><BR/>Conquanto 1400 km possa soar a um passeio no parque, estamos a falar das piores estradas do mundo. E em todo o lado ouviamos em rádios de pilhas (muitas vezes o único desenvolvimento tecnológico a separar as vidas dos aldeões do mundo dos seus ancestrais que veneram) as emissões parlamentares de Dili. Era o debate do orçamento, e durou uma semana. Estavam a escutar como se as suas vidas disso dependessem. De que de facto, dependem. Porque, a não ser que se tomem decisões sábias acerca do dinheiro que está a começar a pingar das royalties do petróleo e do gás, Timor-Leste não chegará lá. Os problemas são tão vastos, as necessidades tão desesperadas. Para electricidade, abrigo, água potável, educação, e atenção médica para baixar a taxa de mortalidade infantil. Para construção de estradas e para empregos. <BR/><BR/>Tendo pago um preço per capita mais alto pela independência do que qualquer outra nação na Terra, os Timorense viraram-se uns contra os outros recentemente. Os fogos acendidos pelas forças na retirada não destruíram apenas Dili – não vimos em lado algum uma aldeia que tivesse escapado à vingança Indonésia – e os Timorenses acabaram o trabalho. Nem mesmo o poder do Catolicismo nas suas vidas foi suficiente para prevenir que velhas inimizades se inflamassem. <BR/><BR/>Com as chuvas a chegarem, em breve estas estradas impossíveis estarão intransitáveis. Aldeias separadas por pontes destroçadas estarão divididas. Os militares Australianos e a ONU tentarão ajudar com comida – bem como o novo governo, com Xanana Gusmão como PM e José Ramos-Horta como Presidente.<BR/><BR/>Mesmo o demonizado Mari Alkatiri, o responsável da Fretilin que foi forçado do cargo de primeiro-ministto no ano passado, convence-me das suas melhores intenções – e da sua determinação em manter uma em mais violência.<BR/><BR/>Mas a altíssima taxa de nascimento tem produzido muitos milhares de jovens desempregados, e terão de andar depressa para cortar a sua raiva. Isso é duro nem país sem uma burocracia treinada – especialmente num que recupera de 25 anos de guerra e do mais recente impulso para a auto-imolação. <BR/><BR/>Mas tal como os Israelitas, os Timorenses são um povo notável. Demonstraram a si próprios que são indomáveis. Perguntem aos militares Indonésios. E como Ramos-Horta me lembrou, repetindo a história que recentemente contou na Assembleia Geral da ONU: “Apenas tivémos cinco anos de independência – o mesmo tempo que demora criar um restaurante Chinês em Manhattan.” <BR/><BR/>Próxima semana, porque é que a política é pessoal em Timor-Leste.Anonymousnoreply@blogger.com