Díli, 03 Mar (Lusa) - O primeiro-ministro de Timor-Leste afirmou hoje em Díli à Agência Lusa estar “muito triste e muito chocado” com os recentes acontecimentos na Guiné-Bissau.
Xanana Gusmão afirmou à Lusa que discutiu hoje mesmo com o Presidente da República, José Ramos Horta, o envio de um representante timorense à reunião de emergência sobre a Guiné-Bissau que está a ser organizada por Portugal com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“Decidimos que teremos um enviado-especial de Timor-Leste e contactámos com Mari Alkatiri, um enviado de peso, que está disposto (a aceitar)”, afirmou Xanana Gusmão.
Xanana Gusmão adiantou que o ex-primeiro-ministro e líder da oposição vai “em primeiro lugar para a reunião da CPLP e depois representar Timor-Leste” noutras iniciativas relacionadas com a situação em Bissau.
“Queremos participar na pacificação e no processo de reconciliação de um país irmão que para nós é sempre um ponto de referência, na medida em que foi o primeiro a lutar e a declarar a independência”, sublinhou Xanana Gusmão.
O Presidente João Bernardo “Nino” Vieira da Guiné-Bissau foi morto na madrugada de segunda-feira, horas depois de um atentado à bomba ter vitimado o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses, Tagme na Waié.
Sobre a existência de algum paralelo entre os acontecimentos em Bissau e o duplo ataque contra a liderança timorense em 11 de Fevereiro de 2008, Xanana Gusmão respondeu que “se existe similaridade é apenas no acto: um atentado contra o Presidente da República”.
PRM
Lusa/fim
É muito triste ver um país irmão nesta trágica situação. É com muita mágoa que penso no pobre povo guineense, que não tem culpa de nada e acaba por sofrer as consequências da ambição desmesurada dos seus políticos.
ResponderEliminarPerante a ganância, a vida humana parece não valer nada. É lamentável assistir a vidas humanas ceifadas com requintes de selvajaria, numa rixa interminável.
Meditemos um pouco neste caso, pois não podemos esquecer que Timor já esteve quase a seguir as pisadas da Guiné-Bissau. E nada nos garante que está definitivamente livre disso.