domingo, abril 20, 2008

Ramos-Horta regressou a Timor

Correio da Manhã, 18 Abril 2008 - 00h30

“Salsinha tem de se entregar”

O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, regressou ontem ao seu país após dois meses na Austrália, onde foi tratado aos ferimentos sofridos num atentado contra a sua vida. À chegada a Díli, o chefe de Estado timorense ordenou ao ex-tenente Gastão Salsinha para se entregar e acabar com a "aventura".

No aeroporto de Díli, Ramos-Horta era aguardado, entre fortes medidas de segurança, pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e pelo antigo chefe do governo Mari Alkatiri. Populares saudaram o seu regresso com aplausos e danças tradicionais. "Salsinha tem de se entregar. Disse que esperava pelo meu regresso para se entregar. Prefiro que procure a Igreja. Depois tem de ir ao procurador-geral da República ou ao tribunal e enfrentar a Justiça", declarou o presidente timorense, dirigindo-se ao líder dos fugitivos ligados ao atentado de 11 de Fevereiro.

"A sobrevivência ao atentado só pode ser explicada pela teologia. É algo que só os bispos e Sua Santidade [o Papa] ou os teólogos podem explicar", afirmou quando questionado sobre a leitura que faz ao facto de ter sobrevivido. Ramos-Horta declarou ainda que a realização de eleições antecipadas"pode ter vantagens para todas as partes".

1 comentário:

  1. Bom dia!Feliz por Horta ter regressado de saúde para poder continuar a trabalhar para o bem do povo e para isso damos graças a Deus. Diz ele que a sua "sobrevivência só pode ser explicada pela teologia".
    Lembremos que ele foi baleado no dia 11, é o dia que a Igreja celebra a festa de Nossa Senhora de Lurdes e comemora o dia dedicado aos doentes. Ele teve alta do Hospital no dia 19 de Março, dia dedicado a São José, Padroeiro da Igreja. Destas duas figuras importantes da Família de Nazaré um é protagonista da sobrevivência do Presidente. É a pessoa de um deles que se atribui o milagre. Olhemos de novo para este triste acontecimento como sinal de amor de Deus para com o seu povo, tirando provas que Deus nunca abandona o seu povo, desde o princípio da história da independência até agora.

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