Quinta-feira, Março 06, 2008
Blog ePORTUGUÊSe
A língua é o principal meio de comunicação, interação e de transmissão de conhecimento. É a expressão mais fiel da cultura, tradição e identidade de um determinado grupo de indivíduos.
Hoje com a migração, abertura de fronteiras, meios de locomoção mais rápidos, ensino de outros idiomas nas escolas e a disseminação de novas técnicas de informação e comunicação, tornou mais fácil a comunicação entre os povos. Pode-se dizer que o monolinguismo começou a perder espaço para a pluralidade lingüística ou multilingualismo.
Existem no mundo hoje cerca de 6912 línguas vivas e o português é a sexta língua mais falada com cerca de 220 milhões de falantes distribuídos por oito países de quatro continentes: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Sendo a terceira língua mais falada no mundo ocidental, é o idioma mais falado no hemisfério sul.
O surgimento de novas tecnologias de informação e comunicação e a disseminação do uso da Internet, possibilitou que a transmissão do conhecimento se fizesse praticamente em tempo real. No entanto, ao mesmo tempo em que a rapidez da transmissão da informação facilita que países menos desenvolvidos tenham acesso quase que imediato ao mesmo tipo de informação disponível aos países desenvolvidos, paradoxalmente, esta rapidez aumenta a distancia entre os povos, pois a informação para ser adquirida, assimilada e difundida tem que ser compreendida.
Neste sentido, metade da população mundial fica de fora do mundo do conhecimento eletrônico, já que o inglês predomina sobre todos os outros idiomas no mundo digital.
A oportunidade de poder utilizar o seu próprio idioma no mundo da informação global pode ser considerado um fator determinante para a extensão na qual a população poderá participar da sociedade de conhecimento emergente.
Assim, durante a Conferência ministerial sobre pesquisa em saúde realizada na cidade do México em novembro de 2004, ressaltou-se que grande parte da informação em saúde atualizada e relevante dificilmente alcança os profissionais de saúde nos países em desenvolvimento, especialmente porque a maioria da informação circula em idiomas diferentes da língua local.
Para tentar diminuir esta lacuna entre o saber e o fazer, é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem se esforçando para criar redes de informação de saúde em idiomas que não as seis línguas oficiais das Nações Unidas.
A iniciativa ePORTUGUÊSe é um exemplo deste empreendimento que visa o desenvolvimento de uma rede de saúde no idioma português que possa beneficiar toda a comunidade acadêmica e de profissionais de saúde nos oito países de expressão portuguesa dando visibilidade ao idioma e possibilitando o intercambio de experiências locais.
Para saber mais: ePORTUGUÊSe (www.who.int/eportuguese/en)
Acho que a língua portuguesa não deve ser apenas a lingua para a comunidae académica e de profissionais de saúde nos oito países de expressão portuguesa, mas que seja ensinada e falada, especialmente em Timor Leste,em todas camadas do povo e em todas as instituições escolares. A língua portuguesa deve ser considerada como o meio que liga todos os países elementos da CPLP.
ResponderEliminarO "Português" seja a Língua de expressão que une os Timorenses com Portugueses, Brasileiros,Angolanos, Moçambicanos,Cabo-Verdianos, Guineenses e S. Tomé Principenses e ainda os Macaenses. Que Timor Leste aprenda muito o Português para poder conviver com os nossos outros países de expressão de Língua Portuguesa que formam uma Comunidade respeitada no Mundo Lusófono. E para que isto aconteça, comecem já a introduzir a língua portuguesa em todos os sectores de trabalho. As crianças devem falar o Português em casa na rua nas escolas e nas catequeses das paróquias. A língua Portuguesa é uma Lingua verdadeiramente rica em sentidos e rico em povos e culturas.Que os Timorenses tenham amor a esta língua que descobriu, civilizou educou e humanizou o mundo e os Povos de Expressão da Língua Portuguesa em particular.
ResponderEliminarAcho que os timorenses terão que aprender quatro ou cinco línguas: a mãe, tétun, indonésio, português e inglês. Não há muita saída...
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