sexta-feira, março 07, 2008

Forças Armadas timorenses e internacionais avançam contra Gastão Salsinha se não se entregar

Díli, 07 Mar (Lusa) - O brigadeiro-general Taur Matan Ruak afirmou que "a brincadeira acabou hoje" e que forças timorenses e internacionais vão avançar contra o ex-tenente Gastão Salsinha se ele não se entregar.

"Gastão Salsinha anda há dois anos a brincar connosco", afirmou o chefe do Estado-Maior-general das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) numa conferência de imprensa.

O brigadeiro-general Ruak falava aos jornalistas no final de uma sessão de apresentação da operação "Halibur" à comunidade diplomática e à sociedade civil timorense.

"Completam-se hoje quase quatro dias que o procurador-geral da República (Longuinhos Monteiro) está em negociações com Gastão Salsinha", referiu Taur Matan Ruak.

"Ele não deve perder mais tempo. O procurador-geral regressa hoje a Díli se Salsinha não se entregar", explicou o CEMGFA timorense, sublinhando o ultimato ao líder do antigo grupo do major Alfredo Reinado.

"Estamos preparados para usar a força. Se Salsinha não se entregar, avançamos em conjunto com as Forças de Estabilização Internacionais (ISF)", acrescentou o brigadeiro-general Ruak.

Gastão Salsinha, líder dos peticionários das Forças Armadas em Janeiro de 2006, ficou a chefiar o grupo de fugitivos dos ataques de 11 de Fevereiro à residência do Presidente da República e da caravana do primeiro-ministro.

O ex-tenente aceitou quarta-feira à noite, nas montanhas de Ermera, um acordo para a rendição do seu grupo, num total de 32 homens.

"Depois, pediu mais tempo para reunir os seus homens", explicou hoje o brigadeiro-general Ruak.

"O melhor caminho é cooperar connosco. O que lhe damos é uma oportunidade para resolver o seu problema", disse também o CEMGFA.

"Não o quero morto. Quero-o vivo para ele contar o que andou a fazer nestes dois anos", respondeu Taur Matan Ruak quando questionado sobre os objectivos da operação "Halibur" a partir de hoje.

PRM
Lusa/Fim

1 comentário:

  1. Sim, meu General! Todos o queremos vivo para ouvir o que tem a dizer.
    Mas, por favor, não seja ingénuo e tenha a certeza absoluta de que os seus homens são todos de confiança e que não haverá ninguém que, por "precipitação" (nomeadamente "encomendada"...), silencie aquela boca... Era a segunda a calar-se... E continua sem se saber exactamente em que circunstâncias se calou a primeira.
    É que eu não acredito em bruxas... "pero que las hay, las hay"!...

    ResponderEliminar