sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Ribeiro e Castro apela à UE para que ajude os timorenses a ajudarem-se

NOTA DE IMPRENSA


Gabinete do Dep. José RIBEIRO E CASTRO
Delegação do CDS/Partido Popular no Parlamento Europeu

No Parlamento Europeu, em Estrasburgo
Ribeiro e Castro apela à UE para que ajude os timorenses a ajudarem-se

Citando as duas últimas estrofes de um poema de Ruy Cinatti - “Poderemos, talvez, ser derrotados / ou combatidos, mas somente unidos.” - o eurodeputado português José Ribeiro e Castro recordou hoje durante a sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, os trágicos acontecimentos do passado dia 11 em Timor-Leste que resultaram no ferimento grave do Presidente da República e Nobel da Paz, José Ramos-Horta, e que desestabilizaram uma vez mais as frágeis instituições políticas timorenses.

Ribeiro e Castro desejou “a José Ramos Horta, com amizade, as rápidas melhoras. Para seu bem e do seu país.”

Referindo-se ao sucedido, José Ribeiro e Castro considerou que a comunidade internacional deve “contribuir para esclarecer tudo o que se passou – pois há muito ainda por conhecer e compreender – e levar os responsáveis perante a Justiça” e relembrou que a situação dos “peticionários dispensados das Forças Armadas timorenses em Abril de 2006, ainda por resolver, tanto tem contribuído para agudizar as tensões naquele país”

Para o deputado democrata-cristão “A violência praticada e a perturbação do regular funcionamento das instituições põem uma vez mais a nu as carências de um país com a história e circunstância de Timor-Leste. O seu percurso rumo à independência, democracia e progresso está longe de ter chegado ao fim. Quem o apoiou desde o princípio não pode deixar de sentir tristeza por mais este incidente.”

José Ribeiro e Castro lamentou “a falta de resposta pronta a mais esta crise por parte das forças militares e policiais internacionais” e louvou a “excepção que confirma a regra: o comportamento profissional, célere e eficiente da Guarda Nacional Republicana”.

Não deixando de lamentar também “que o Estado de Direito não esteja a funcionar plenamente em Timor-Leste, o poder democrático não assegure o respeito pontual das decisões judiciais e falte um quadro das Forças Armadas e da Polícia Nacional plenamente consolidado para garantir a segurança e a ordem pública.”, Ribeiro e Castro considerou que “À comunidade internacional compete repensar o modelo e a eficácia da sua presença em Timor-Leste e continuar a prestar-lhe um apoio empenhado, desinteressado e isento. Portugal deve continuar a fazê-lo.”.

“Mas não se constroem Estados só com apoios externos. A responsabilidade maior cabe à própria liderança timorense; demonstrar-se à altura deste desafio. Todos os esforços internacionais serão vãos sem um amplo e sólido compromisso transpartidário de pacificação, o respeito pelo Estado de Direito e pelas decisões judiciais sem tergiversações nem complacências e um consenso da maioria dos actores políticos em torno dos corpos e instituições fundamentais do Estado e dos temas nucleares da governação. (...) O mais é a situação de carência económica, social e humana da maioria da população, que é urgente atender. Mas tudo falhará sem coesão e estabilidade do Estado.

Ajudemos os timorenses a ajudarem-se – é essa a mensagem da nossa resolução.” concluiu.



Para mais informações:
Gabinete do Deputado José RIBEIRO E CASTRO
Tel.: +32 (2) 2847783
Fax: +32 (2) 2849783
Email: jose.ribeiroecastro-assistant@europarl.europa.eu


NOTA DE RODAPÉ:

Este comunicado revela lucidez e verdadeiro conhecimento sobre a realidade timorense. Esperemos que seja ouvido.

Obrigado, Deputado Ribeiro e Castro.

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