Portugal Diário
2008/02/11 07:59
Presidente timorense chegou a Darwin, onde deverá ser submetido a uma intervenção cirúrgica.
Ramos Horta não corre perigo de vida, mas o seu estado de saúde é grave. O Presidente da República de Timor está em «coma induzido e ligado a um ventilador», segundo avança a SicNotícias.
Deverá ser novamente operado em Darwin, na Austrália.
Segundo o relato do jornalista Pedro Rosa Mendes em declarações àquela televisão, Ramos Horta chegou a falar já sobre o atentado de que foi alvo, dizendo que «o Estado não deixará de reagir» contra à tentativa de assassinato.
Ramos Horta em coma
ResponderEliminarPortugal Diário, 2008/02/11 | 07:59
Presidente timorense chegou a Darwuin, onde deverá ser submetido a uma intervenção cirúrgica
O estado de saúde de Ramos Horta é grave. O Presidente da República de Timor está em «coma induzido e ligado a um ventilador», segundo avança a agência Reuters. Deverá ser novamente operado em Darwin, na Austrália.
«Ele encontra-se em estado crítico, a respirar com ajuda de um ventilador e em coma induzido», disse o porta-voz da organização CareFligth momentos após a aterragem de Ramos Horta em Darwin.
Segundo o relato do jornalista Pedro Rosa Mendes em declarações à SicNotícias, Ramos Horta chegou a falar já sobre o atentado de que foi alvo, dizendo que «o Estado não deixará de reagir» contra à tentativa de assassinato.
Timor: portugueses devem permanecer em casa
ResponderEliminarPortugal Diário, 2008/02/11 | 08:20
Embaixador pede precaução, mas diz que situação «está calma em Díli»
As Nações Unidas apelaram à população em Díli para restringerem os movimentos e não saírem de casa se não for estritamente necessários.
O embaixador português Ramos Pinto afirmou à SIC Notícias que a situação em Díli está «calma» e não há relatos de confrontos. Contudo, aconselhou a comunidade portuguesa - via sms - a permanecer em casa e a circular o mínimo possível.
Ramos Horta esperou «uma hora» por ajuda
ResponderEliminarPortugal Diário, 2008/02/11 | 02:18
Após o ataque. GNR foi a primeira a chegar junto do Presidente
O Presidente timorense ficou mais de uma hora no quarto da sua residência, em Díli, à espera de socorro, após o ataque de que foi alvo, disse à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste.
Zacarias da Costa, que esteve junto de Ramos Horta, no bloco cirúrgico do hospital militar australiano em Díli, disse que Ramos-Horta foi atacado em sua casa, na Boulevard JF Kennedy esta manhã na capital timorense em circunstâncias ainda pouco claras, quando o chefe de Estado se preparava para o seu passeio matinal ou já a partir para o dia de trabalho, na abertura do encontro de ministros da Justiça da CPLP.
«Ninguém partiu logo em seu socorro», adiantou o governante timorense em contacto telefónico feito pela Lusa a partir de Lisboa. «As forças da ONU fecharam a estrada mas não o socorreram de imediato e ele ficou mais de uma hora deitado no seu quarto à espera que alguém o socorresse», acrescentou.
GNR foi a primeira a chegar
Segundo disse à Lusa João Carrascalão, dirigente da União Democrática Timorense (UDT), os efectivos da GNR foram os primeiros a socorrer o Presidente timorense José Ramos-Horta, que continua a ser sujeito a uma intervenção cirúrgica no hospital militar australiano em Díli,
«Está estável. Não está a melhorar, mas está estável», disse à Lusa João Carrascalão num contacto telefónico no hospital em Díli - onde se encontra José Ramos Horta.
Zacarias da Costa, ministro dos Negócios Estrangeiros disse à Lusa que «pelo menos duas pessoas morreram» no ataque à residência de Ramos-Horta, mas o ministro timorense desconhece ainda as suas identidades. O chefe da diplomacia timorense confirma que «também o primeiro-ministro foi atacado à saída de sua casa», em Balibar, na encosta das montanhas que cercam Díli.
Um avião foi pedido à Austrália para transportar o Presidente timorense para Darwin, informou.
Duas balas
Zacarias da Costa esteve junto de Ramos-Horta no hospital, há cerca de 45 minutos, num momento em que os médicos tentavam extrair uma das duas balas que o atingiram: «uma nas costas e passou para o estômago, a outra passou de raspão».
Também João Carrascalão esteve junto de Ramos-Horta e conta que «ele foi sujeito a uma primeira intervenção cirúrgica que terá sido para lhe retirar a bala. Quando estive com ele, antes, estava consciente e lúcido, mas não falou. Perdeu muito sangue e estava com dores», explicou.
Carrascalão criticou a acção das forças policiais da ONU e explicou que o Chefe de Estado timorense foi transferido por uma ambulância do hospital Guido Valadares, em Díli.
«O que é grave é que a UNPOL (Polícia das Nações Unidas) chegou ao local, ficou a 300 metros e não deu qualquer assistência ao Horta. Foi a GNR que foi lá socorrê-lo», disse.
«O Hospital Guido Valadares foi alertado e foram eles que mandaram uma ambulância para o trazer para aqui», afirmou.
João Carrascalão manifestou-se «muito preocupado» pelos ataques, que considerou «premeditados e concertados» contra José Ramos-Horta e Xanana Gusmão.
«Coisas vão piorar»
«As coisas vão piorar. Ninguém pensava que fossem fazer fogo sobre o presidente, em especial porque era o único nas negociações (entre Alfredo Reinado e as autoridades) que era aceite pelas duas partes», afirmou.
Carrascalão disse que os ataques a Ramos-Horta e a Xanana Gusmão foram concertados e premeditados «para coincidir com a visita dos ministros da CPLP e para desacreditar o governo e as forças de segurança».
«Tudo indica que eram do mesmo grupo, dividido em dois. O que atacou o Horta tinha carros e motas», afirmou.