Díli, 19 Fev (Lusa) - O ex-ministro dos Recursos Naturais e deputado da Fretilin José Teixeira disse à Lusa que agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) o levaram hoje da sua residência para o quartel-general da polícia "sem nenhum mandado".
José Teixeira declarou à Lusa que elementos da Task Force, uma unidade especial da polícia timorense para o distrito de Díli, o levaram ao quartel-general da PNTL pouco depois das 19:00 (10:00 em Lisboa).
"Não tinham mandado nem conseguiram explicar, quando chegámos ao quartel-general, o que pretendiam de mim, para além de dizer que alguém precisava de me fazer umas perguntas porque eu era acusado de conspiração", explicou o ex-ministro.
O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, afirmou à Lusa que este episódio "é uma acção de perseguição e intimidação escudada no estado de sítio", decretado na sequência do duplo ataque contra o Presidente da República, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, dia 11 de Fevereiro.
Mari Alkatiri disse ter telefonado ao comandante interino da PNTL, Afonso de Jesus, e ao comandante operacional, Mateus Fernandes, e que "nenhum deles soube explicar a razão por que levaram o deputado José Teixeira".
"Julgo que José Teixeira teria ficado a 'dormir' na Polícia se eu não tivesse telefonado" para os comandantes, afirmou Mari Alkatiri, ex-primeiro-ministro.
Foram infrutíferas as tentativas da Lusa para obter uma explicação do incidente junto da PNTL e da Procuradoria-Geral da República.
José Teixeira tem actualmente o mandato de deputado ao Parlamento Nacional suspenso e está a ser substituído por outro parlamentar.
PRM/JCS.
Lusa/Fim
Como não conseguem evitar atentados nem capturar os seus autores, andam a deter deputados da Fretilin para mostrar serviço.
ResponderEliminarEstas tácticas de intimidação são do mais primário que há.
Gostava de saber o que dizem aqueles fãs incondicionais de Xanana, que acusavam a Fretilin de corrupção e abuso de poder...