segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Dos leitores

Vítor Ramalho deixou um novo comentário na sua mensagem "Dos leitores":

A paz parece tardar em poisar na antiga colónia portuguesa. O ouro negro e pelo ouro negro muitas jogadas de bastidores se deram em Timor.

A mãozinha sinistra do imperialismo Australiano, trabalha na sombra para dominar de vez o pequeno mas apetecível território.

Neste ultimo golpe ou golpada muita coisa esta mal contada.

A análise dos factos e da cronologia dos ataques de ontem de manhã, em Díli, revela um dado implacável e perturbante: José Ramos-Horta e Xanana Gusmão estão vivos e Alfredo Reinado está morto porque quase nenhum dos envolvidos actuou dentro do que seria lógico.
O papel principal foi desempenhado por uma sombria figura, o Major Alfredo Reinado, ex-exilado na Austrália e recruta da academia de defesa nacional, que emergiu como o “líder rebelde”.
Portugal cala e consente, chora o sucedido mas não tem força, não encontra força, ou não quer encontrar força para fazer o que seria natural e desejado pela esmagadora maioria dos Timorenses, tomar na suas mãos todo o processo de Timor e correr de vez com os abutres australianos que não olham a meios para sugar o petróleo existente no país.
Governos australianos consecutivos, de coligações partidárias e trabalhistas, apoiaram a tomada do poder por Suharto em 1975 e 1978 em troca do controle sobre o gás e o petróleo do Mar do Timor. A Austrália tornou-se o primeiro país no mundo a reconhecer oficialmente a anexação do Timor Leste pela Indonésia, mesmo depois da queda de Suharto em 1998, o governo de Howard continuou a apoiar as tentativas de Jacarta em resistir às exigências da realização de um referendo no Timor Leste
Camberra só mudou de direcção quando se tornou evidente que Portugal, com o apoio da União Europeia, assegurou o apoio da ONU ao referendo. Isso abriu a real possibilidade de um Timor-leste “independente” que, sob a tutela portuguesa, não reconheceria os direitos australianos sobre o petróleo e o gás sob seu Tratado da Região do Timor com Jacarta. Com a assistência da administração de Clinton em Washington, o governo Howard embarcou em sua maior mobilização militar marítima desde a Guerra do Vietname.
Quando ainda recentemente os soldados australianos ajudam os manifestantes anti Governo a escrever, em inglês, nos pequenos cartazes que ostentam, frases a pedir a demissão do Primeiro-ministro, toda a encenação fica clara.
A verdade e a mentira convivem juntas no país, o casamento é abençoado por Camberra.
Os dias sombrios da ocupação Indonésia voltaram, mas agora o actor principal é outro, disfarçado nessa sinistra figura da ajuda internacional o neocolonialismo suja de sangue os campos de Timor.

2 comentários:

  1. O petróleo tem costas muuuuuuiiiiiiitoooo largas, pelos vistos! Qualquer coisa que acontece em Timor é por culpa do petróleo, que é um eufemismo para dizer que é por culpa dos australianos.
    É evidente que eles têm os seus próprios interesses regionais a defender mas será isso razão bastante para serem os culpados de tudo o que acontece em Timor? No tempo do governo da FRETILIN a culpa era do petróleo; agora também é do petróleo.
    Quando se começa a chamar os bois pelos nomes e dizer que a culpa é de meia dúzia de "políticos" timorenses que nem para engraxadores de sapatos em terra de xanatas servem?

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  2. A culpa é e será sempre do imperialismo australiano embora os protagonistas possam ser alguns fantoches que se vendem por trinta dinheiros.

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