JN, 14/02/08
Investigadores internacionais citados pela Imprensa australiana acreditam que os dois grupos liderados por Alfredo Reinado e Gastão Salsinha pretendiam sequestrar, não assassinar, Ramos-Horta e Xanana Gusmão. O "filme" dos acontecimentos revela que sete homens armados foram à casa de Xanana Gusmão dizendo aos seguranças que não queriam criar problemas mas apenas escoltar o primeiro-ministro.
A situação descontrolou-se porque Xanana estava fora da residência, levando os rebeldes a alterar o plano e a procurar bloquear o regresso do primeiro-ministro a Díli.
O facto de a barragem de fogo contra a coluna de Xanana não ter feito vítimas e ter atingido apenas os pneus da sua viatura é, segundo investigadores australianos, revelador de que o não quereriam matar.
Os investigators acreditam também que o major Alfredo Reinado foi à casa de Ramos-Horta para o raptar, o que não aconteceu porque o presidente estava distante da residência.
A razão para a morte de Alfredo Reinado uma hora antes de Ramos-Horta ter sido alvejado deve-se, segundo esta tese, ao facto de a ausência do presidente ter motivado uma reacção dos seus seguranças contra o grupo atacante. Reinado foi atingido mas os seus homens continuaram à procura de Horta e, perante a morte do seu comandante, resolveram alvejar o presidente fazendo cair o plano inicial de rapto.
NOTA DE RODAPÉ:
Pois, pois.
Malai Azul,
ResponderEliminarSe parar para pesnar um momento verá que esta justificação tem lógica. Eu próprio, cá de longe, já a tinha congeminado com os dados que havida do problema.
O que
a) não invalida o descuido com que RH cuidava da sua segurança (eu próprio encontrei-o várias vezes no seu passei matinal bem cedo acompanhado de dois seguranças que a única coisa que poderiam segurar era alguém que quisesse atingir o presidente a murro mas não alguém armado de espingardas e bazzokas...)
b) mais grave, não invalida o que se reconheça o pouco cuidado com que era tratada a questão da segurança dos titulares de cargos públicos por quem era responsável último por ela: a ONU e as ISF