16/11/2007 - 02h48
Díli, 16 nov (EFE).- O primeiro-ministro do Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu hoje a adesão dos 600 soldados expulsos do Exército em 2006 às negociações que foram iniciadas na quinta-feira sem a presença dos seus principais líderes, que exigiram a reintegração do grupo ao Exército.
Gastão Salsinha, um dos líderes expulsos, declarou à Efe que a situação só se resolverá depois de os soldados retornarem aos quartéis, como membros do Exército com pleno direito.
"Peço ao Governo que ordene nossa volta aos quartéis e que o comando nos considere como militares", disse Salsinha, por telefone.
Ele acrescentou que a anistia deve incluir Alfredo Reinado, um dos participantes dos violentos protestos de 2006, que está foragido com um grupo de homens armados desde que fugiu da prisão, em 30 de setembro.
A pré-condição provocou o fracasso da reunião de dois dias convocada por Gusmão num quartel do distrito de Aileu, 47 quilômetros ao sul de Díli. O objetivo do Governo é fechar as feridas provocadas pelos violentos confrontos de meados de 2006.
Antes de começar a reunião desta manhã, Gusmão ressaltou que o problema dos militares expulsos não deve se misturar com o caso de Reinado, que, para o primeiro-ministro, compete à Justiça.
Gusmão voltou a apelar para o diálogo como meio de encontrar uma solução negociada. Mas não comentou a possibilidade de os ex-militares serem reintegrados ao Exército.
Os soldados foram expulsos em maio de 2006, após uma manifestação pelas ruas de Díli em que denunciavam uma discriminação étnica por parte de seus comandantes.
As manifestações levaram a uma espiral de violência entre a Polícia e o Exército e entre grupos de jovens, que só foi controlada com a chegada de tropas internacionais.
Xanana afunda-se cada vez mais. A sua aura de líder esmorece a cada dia que passa.
ResponderEliminarEle queixava-se de não poder governar enquanto Presidente da República. Não descansou enquanto não trocou de lugares com o seu amigo RH. No entanto, agora que pode governar, continua a fazer o mesmo que fazia quando era Presidente, com a diferença de que agora fala menos.
Para não estar de mãos a abanar, e porque afinal governar não é pera doce, ei-lo que volta aos "diálogos", sua actividade predilecta logo a seguir à plantação de abóboras.
Só que até os peticionários, começando por Salsinha, se fartaram de tanto diálogo e nem se dignaram comparecer à "reunião". Deram-lhe com os pés.
Xanana é confrontado cada vez mais com o esvaziar de uma figura que foi e, à força de querer ser tudo, acaba sendo nada.